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Febraban anuncia apoio a manifesto ‘pró-democracia’ da Fiesp

Decisão dos bancos fecha ainda mais o cerco contra as intenções golpistas de Bolsonaro. Caixa e Banco do Brasil se posicionaram contra adesão

Antonio Augusto/Ascom/TSE
Antonio Augusto/Ascom/TSE
Conteúdo do documento “Em Defesa da Democracia e da Justiça” ainda não foi divulgado

São Paulo – A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) anunciou nesta quarta-feira (27) que vai assinar o documento intitulado Em Defesa da Democracia e da Justiça. A elaboração do manifesto pró-democracia é capitaneada pelo presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Josué Gomes da Silva. Os bancos públicos – Caixa e Banco do Brasil – se posicionaram contra a adesão ao manifesto, mas foram votos vencidos na reunião da Febraban que decidiu, “por maioria”, subscrever o documento.

O manifesto dos grandes empresários dos setores industrial e financeiro deve vir a público no dia 11 de agosto, em cerimônia na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP). Na ocasião, será apresentada também a nova edição da Carta aos Brasileiros”, igualmente um manifesto em defesa da democracia, que já reuniu mais 100 mil adesões nas últimas 24 horas.

A presidenta da Academia Brasileira de Letras, Nélida Piñon, e a atriz Fernanda Montenegro, também da ABL, endossam a carta. Além deles, outros banqueiros e ex-banqueiros já assinaram a Carta aos Brasileiros. O apoio desses últimos causou a ira do ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira. Ele utilizou argumentos infundados para tentar justificar a perda de apoio do presidente Jair Bolsonaro perante a elite financeira do país.

Isolando o golpismo

Tanto a iniciativa dos juristas como a dos empresários são respostas da sociedade civil às ameaças do presidente Jair Bolsonaro à realização das eleições no país e às instituições democráticas. Ele ampliou o tom golpista na semana passada, quando reuniu embaixadores de diversos países para proferir ataques contra o sistema eleitoral – as urnas eletrônicas, em especial.

O presidente também investiu contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Desde então, as reações em defesa da democracia partem dos mais diversos segmentos. Até mesmo embaixadas estrangeiras divulgaram notas para reafirmar a confiança no processo eleitoral brasileiro.


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