Efeito bumerangue

‘Eleições brasileiras são modelo para as nações do mundo’, diz embaixada dos EUA

“O Brasil mostrará ao mundo, mais uma vez, a força duradoura de sua democracia”, diz comunicado da representação diplomática norte-americana

Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Marcello Casal Jr/Agência Brasil
“Estamos confiantes de que as eleições brasileiras de 2022 vão refletir a vontade do eleitorado", dizem os Estados Unidos

São Paulo – Em nota pública divulgada ontem e veiculada nesta quarta-feira (20) pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a assessoria de comunicação da Embaixada dos Estados Unidos no Brasil afirmou à imprensa que o processo eleitoral no país é exemplo a ser seguido por outros países. “As eleições brasileiras, conduzidas e testadas ao longo do tempo pelo sistema eleitoral e instituições democráticas, servem como modelo para as nações do hemisfério e do mundo”, afirma a nota. “Como já declaramos anteriormente, as eleições do Brasil são para os brasileiros decidirem”, acrescenta.

A representação diplomática norte-americana – que representa a voz do governo Joe Biden no país – diz ainda: “Os Estados Unidos confiam na força das instituições democráticas brasileiras. O país tem um forte histórico de eleições livres e justas, com transparência e altos níveis de participação dos eleitores”.

A manifestação da maior democracia do Ocidente ocorreu depois de Jair Bolsonaro reunir, no Palácio da Alvorada, dezenas de embaixadores para atacar o sistema eleitoral do próprio país.

“Compromisso com a democracia”

“Estamos confiantes de que as eleições brasileiras de 2022 vão refletir a vontade do eleitorado. Os cidadãos e as instituições brasileiras continuam a demonstrar seu profundo compromisso com a democracia. À medida que os brasileiros confiam em seu sistema eleitoral, o Brasil mostrará ao mundo, mais uma vez, a força duradoura de sua democracia”, conclui o comunicado da Embaixada dos Estados Unidos enviado aos jornalistas pela unidade diplomática americana.

A atitude do chefe de governo brasileiro constrangeu diplomatas. O jornal norte-americano The New York Times comparou o discurso de Bolsonaro com a conduta do ex-presidente Donald Trump, que não só ameaçou como tentou um golpe de Estado em 6 de janeiro de 2021, ao virtualmente promover a invasão do Congresso dos Estados Unidos após perder as eleições para Biden.

“Como Trump, Bolsonaro parecia estar desacreditando (na reunião com os diplomatas) a votação antes que ela acontecesse, em um suposto esforço para aumentar a confiabilidade e a transparência”, disse o NYT.

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