Juntos pelo Brasil

Convenção do PSB confirma Alckmin na vice. ‘Quem quiser ganhar eleição tem que ir pra rua’, diz Lula

Em discurso, Alckmin mirou Bolsonaro: “Quem alega fraude tem de provar e quem não prova tem de ser punido pela farsa de acusar”

Divulgação/PT
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“Novidade que ninguém imaginava: Alckmin filiado ao PSB e candidato a vice-presidente da República”, disse Lula

São Paulo – Em convenção realizada na tarde desta sexta-feira (29), o PSB aprovou, por unanimidade, a coligação dos sete partidos da frente democrática Vamos Juntos pelo Brasil: PT, PCdoB, Solidariedade, Psol, PV e Rede, além do próprio PSB. A legenda também apoiou por aclamação seu filiado, o ex-governador Geraldo Alckmin, como candidato a vice-presidente na chapa de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na disputa pela Presidência da República.

“A gente não ganha eleição dentro de casa. Quem quiser ganhar eleição tem que ir pra rua. Ir de casa em casa e fazer a mais importante revolução pacífica desse país”, afirmou Lula, momento em que foi muito aplaudido, dirigindo-se a candidatos a cargos nos legislativos do país.

Antes, saudou o apoio à chapa Lula-Alckmin de “praticamente todas as centrais sindicais brasileiras”. “As centrais sempre se dividiram entre várias candidaturas”, disse. Ele também falou da “novidade que ninguém imaginava que pudesse acontecer: Alckmin filiado ao PSB e candidato a vice-presidente da República”.

O petista parabenizou empresários, intelectuais, professores e outros segmentos sociais que fizeram o manifesto pela democracia que, até o fechamento desta matéria, já tinha a adesão de mais de 400 mil assinaturas em cerca de três dias. “O que a sociedade (…) está dizendo é que ele (Bolsonaro) não tem que ter medo da urna eletrônica, tem que ter medo é que o povo está saturado, enojado, cansado de tanta mentira, fake news e destruição deste país”, disse.

“Idiotice” de Bolsonaro

O ex-presidente declarou que nunca imaginou que os brasileiros iriam “ver um presidente da República cometer a “idiotice de chamar embaixadores” de quase 70 países pra fazer o pior papel que um presidente pode fazer”. No dia 18, Bolsonaro reuniu diplomatas de vários países para mentir sobre a segurança do sistema de votação e fazer acusações contra o sistema eleitoral do país que, como sempre, não provou. O atual chefe de governo tem sido eleito pela urna eletrônica desde 1998, lembrou Lula, assim como seus filhos, desde que iniciaram suas carreiras políticas.

Antes de Lula, Alckmin disse que o presidente da República apenas “improvisa, se omite e destrói”. Ele também se referiu às mentiras de Bolsonaro sobre as urnas. “É hora de darmos um basta às ameaças à nossa democracia. Quem não vive sem liberdade não vive sem democracia. Quem alega fraude tem de provar e quem não prova tem de ser punido pela farsa de acusar”, defendeu.

“Virada de página na história”

O presidente do PSB, Carlos Siqueira, disse que a coligação dos sete partidos “vai dar uma virada de página na história do nosso país, depois do governo do inominado presidente da República que hoje desgoverna o país”. Acrescentou que a convenção desta sexta-feira “é a mais importante do PSB desde a sua reconstrução”, e pediu: “Não basta vencer a disputa presidencial, é preciso formar maiorias e eleger governadores progressistas”.

Por sua vez, a presidenta do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), falou do processo de construção da unidade em defesa da democracia. “PT e PSB nem sempre estiveram juntos no pós-abertura, mas nos segundos turnos sempre estivemos juntos. Em 2022 ninguém titubeou. Apesar das divergências, víamos a necessidade de estarmos juntos.”

tabata lula alckmin

Em sua participação, a deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ) afirmou que a conjuntura representa “o momento de um novo projeto nacional de desenvolvimento sustentável”. O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) preconizou que a eleição vai deixar “esse país livre em definitivo do fascismo, da pior experiência que nós tivemos”.

A deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP, foto acima, entre Lula e Janja) postou mensagem nas redes sociais nesta em que classifica a chapa Lula-Alckmin com a “única frente ampla viável”. Tabata afirma que é preciso ter “coragem” para se posicionar e que, após “quatro anos de tentativas de destruição”, uma vitória de Lula no primeiro turno seria crucial.


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