Defesa da democracia

‘Carta aos Brasileiros’ passa de 434 mil adesões e irrita Bolsonaro

Manifesto em defesa do Estado Democrático de Direito deve passar de meio milhão de assinaturas hoje. Para Bolsonaro, iniciativa “é da Fiesp para beneficiar Lula”

Reprodução/Youtube
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Para Bolsonaro, Carta aos Brasileiros é iniciativa da Fiesp, que 'prefere democracia com ladrão do que outro regime com honesto"

São Paulo – Lançada pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP) na terça-feira (26), a Carta aos Brasileiros em Defesa do Estado Democrático de Direito já passava das 434 mil adesões no início da tarde desta sexta-feira (29). Entre os signatários estão juristas, políticos, personalidades, intelectuais, artistas e também grandes empresários. O ritmo de crescimento das adesões leva a pressupor que as assinaturas devem passar de meio milhão nas próximas horas.

O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Josué Gomes da Silva, anunciou o apoio da entidade à iniciativa. E causou desconforto no candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL). Em live ontem (28) à noite, presidente disse que o manifesto da Faculdade de Direito da USP em defesa da democracia é a favor do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

E que “essa nota foi patrocinada aí pelo nosso querido filho do ex-vice-presidente do Lula, José Alencar, o sr. Josué Gomes da Silva, presidente da Fiesp”. E que é “uma nota política-eleitoral que nasceu, lamentavelmente, lá na Fiesp”. “Se não tivesse o viés político nessa nota, eu assinaria“, disse. Bolsonaro afirmou também que “a nota da Fiesp é claramente contra a minha pessoa”. E que “para eles, é melhor democracia com ladrão do que outro regime com honesto”.

Em tom de provocação, Bolsonaro então lançou seu “manifesto pela democracia” em seu perfil no Twitter.

Resta saber se o manifesto do presidente terá o mesmo desempenho da Carta aos Brasileiros. Em 24 horas, a manifesto em defesa da democracia já reunia mais 100 mil adesões. Para aderir, é preciso entrar no site (link logo abaixo) e preencher o formulário. Não é como no Twitter, em que os seguidores do presidente apenas clicam no botão para curtir ou para retuitar. Aliás, o presidente tinha apenas 70 mil curtidas.

Para ler a íntegra da carta, clique aqui.
Para assinar, clique aqui.


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