Encontro

Representante das Forças Armadas vai a reunião do TSE e permanece em silêncio

Evento era aguardado com expectativa após troca de ofícios entre o tribunal e o ministro da Defesa, general Paulo Sérgio de Oliveira

Marcelo Camargo/Agência Brasil
Marcelo Camargo/Agência Brasil
Fachin ressaltou que Justiça Eleitoral está “preparada para conduzir as Eleições de 2022 de forma limpa”

São Paulo – O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou, no fim da tarde desta segunda-feira (20), o resultado de reunião conjunta com representantes de 34 entidades públicas e privadas, incluindo partidos políticos, que integram a Comissão e o Observatório de Transparência das Eleições, respectivamente CTE e OTE. O encontro era aguardado com expectativa após troca de ofícios entre o tribunal e o ministro da Defesa, o general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, nas últimas semanas.

No entanto, segundo o jornal O Globo, citando “dois participantes do encontro”, o representante das Forças Armadas na reunião de hoje, general Heber Portella, permaneceu em silêncio. O ministro da Defesa chegou a se queixar, há dez dias, de que “as Forças Armadas não se sentem devidamente prestigiadas” pelo TSE e afirmou que “a todos nós não interessa concluir o pleito eleitoral sob a sombra da desconfiança dos eleitores”.

Combate a fake news

O presidente do TSE, ministro Edson Fachin, destacou no encontro a atuação da Frente Nacional de Enfrentamento à Desinformação, que tem mais de 2 mil participantes, e as ações de combate às notícias falsas, que envolvem 143 parceiros, incluindo plataformas digitais (como Facebook, Twitter, Tik Tok e Instagram), agências de checagem, instituições públicas e da sociedade civil.

Na sexta-feira (17), Fachin reiterou convite para as Forças Armadas participarem da reunião em ofício a Paulo Sérgio. A participação e mesmo intromissão dos militares no processo eleitoral é inédito desde a redemocratização do país. É resultado direto dos ataques e questionamentos incessantes de Jair Bolsonaro à confiabilidade das urnas eletrônicas. Ele jamais apresentou provas contra o sistema, usado no Brasil há mais de 20 anos.

Na reunião de hoje, Fachin ressaltou, mais uma vez, que a Justiça Eleitoral está “preparada para conduzir as Eleições de 2022 de forma limpa e transparente, como vem fazendo nos últimos 90 anos”. Segundo ele, 22 mil servidoras e servidores, 3 mil juízes eleitorais ou promotores e 2 milhões de mesários estão mobilizados para atuar em cerca de 460 mil seções de 2.625 zonas eleitorais em todo o país. As eleições contarão com 577 mil urnas eletrônicas para servir a 152 milhões de eleitores.

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