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Termina prazo para sindicalistas candidatos deixarem cargos. CUT muda direção em São Paulo

Dirigentes de várias categorias se preparam para as eleições, para tentar aumentar a representação dos trabalhadores no Legislativo

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O objetivo do pedido é reduzir as abstenções, que ficaram acima de 20% no primeiro turno

São Paulo – Termina nesta quinta-feira (2) o prazo para que sindicalistas que queiram se candidatar nas eleições de outubro deixem seus cargos, para não se tornarem inelegíveis. É a chamada desincompatibilização, lembra o Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap). Nesse período, o dirigente sindical deve estar de licença do mandato sindical para disputar mandato eletivo: presidente da República, governador, senador e deputado federal, estadual ou distrital. O primeiro turno ocorre daqui a exatos quatro meses, em 2 de outubro. No caso dos servidores públicos, a desincompatibilização deve ocorrer até 2 de julho.

Esse afastamento é temporário e não implica renúncia, observa ainda o Diap. Trata-se apenas de licença durante o período de desincompatibilização. Assim, o dirigente pode reassumir o posto na entidade sindical logo depois do pleito, “tendo ou não sido eleito para mandato eletivo público”. As regras constam da Lei Complementar 64, de 1990.

Bancada menor

Sindicalistas de todo o país preparam-se para disputar as eleições. O objetivo é aumentar a representação parlamentar no Legislativo. Na Câmara, por exemplo, a bancada sindical encolheu na eleição de 2018.

Assim, a CUT informou ontem (1º) mudanças na direção estadual em São Paulo. Tanto o presidente da central, Douglas Izzo, como o vi, Luiz Claudio Marcolino, se afastam para disputar cargos de deputado federal e estadual, respectivamente. Com isso, a atual secretária de Formação, a professora Telma Victor, assume a presidência da CUT paulista. É a primeira vez que uma mulher ocupa o cargo. A vice ficará com o bancário Valdir Fernandes, o Tafarel.

Professor da rede estadual desde 1992, Douglas Martins Izzo tem origem na Apeoesp, o sindicato dos docentes de São Paulo. Já Marcolino foi presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região e exerceu também um mandato de deputado estadual (2011-2015). Eleitos ou não, ambos poderão reassumir seus cargos após a votação de outubro.

Democracia e direitos

No caso do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, o ex-presidente Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho, concorrerá à reeleição a deputado federal. E o ex-diretor Teonílio Barba disputará reeleição na Assembleia Legislativa. Outro ex-presidente do sindicato e da CUT, atualmente no comando do PT de São Paulo, Luiz Marinho também será candidato à Câmara dos Deputados, assim como o presidente da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT, Paulo Cayres. A secretária-geral da CUT, Carmen Foro, será candidata a deputada pelo Pará.

“Temos que fortalecer a democracia, garantir os direitos trabalhistas e sociais que têm sido retirados com as políticas do atual governo federal”, afirma Telma, que também é professora da rede estadual. “O segundo semestre será decisivo com as eleições e seguiremos fortalecendo os nossos sindicatos e comitês de luta em cada cidade. Chega de carestia, fome, pobreza e desemprego.”

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