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Em Porto Alegre, Lula e Alckmin participam de ato e tentam diálogo difícil por palanques no estado

Tarefa da esquerda é evitar o voto “Luleite”, com eleitores esquerda que votariam em Eduardo Leite para derrotar o bolsonarista Lorenzoni

Ricardo Stuckert
Ricardo Stuckert
A principal missão de Lula em Porto Alegre é tentar apaziguar o clima em torno da eleição no estado

São Paulo – Nesta quarta-feira (1°), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-governador paulista Geraldo Alckmin (PSB), pré-candidatos a presidente e vice, têm agendas em Porto Alegre com líderes partidários da oposição ao governo de Jair Bolsonaro. No final da tarde, participam de ato na casa de shows Pepsi on Stage em defesa da soberania nacional na capital gaúcha. O evento será transmitido pelas redes sociais. A visita a Santa Catarina, que estava prevista para quinta e sexta-feira, foi adiada.

A principal missão de Lula é tentar apaziguar o clima em torno da eleição no estado. O ex-deputado Beto Albuquerque é o escolhido pelo PSB para disputar o governo gaúcho. O PT pretende lançar o deputado estadual Edegar Pretto.

O ex-governador Eduardo Leite (PSDB) lidera a corrida, segundo levantamento da Paraná Pesquisas, com 27,3% das intenções de voto, seguido pelo ex-ministro bolsonarista Onyx Lorenzoni (PL), com 19,2%. Beto Albuquerque vem atrás com 9,5% e Pretto aparece com 4,0%, atrás do senador Luiz Carlos Heinze (PP), com 6,9%. Pedro Ruas (PSOL) tem 3,8%.

A tarefa da esquerda é evitar o alastramento do chamado voto “Luleite”, que seria formado por eleitores de esquerda que votariam em Eduardo Leite por ver nele o principal candidato capaz de derrotar o bolsonarista Lorenzoni.

Palanques

Ruas e Pretto estarão no um ato na Pepsi on Stage. A presença de Beto Albuquerque é uma incógnita. Ele indicou que não deve ir. O PSB apoia Lula nacionalmente, mas negocia com o PDT um possível palanque a Ciro Gomes.

Edegar Pretto, escalado para organizar o roteiro de Lula no Rio Grande do Sul, diz que a intenção é fortalecer o palanque de Lula no Estado. “Vamos continuar dialogando com todos do nosso campo progressista. Nossa prioridade é organizar o palanque do presidente Lula”, disse, segundo o Valor Econômico. “Uma das primeiras agendas de Lula aqui é conversar com os partidos que já declararam apoio a ele, incluindo o PSB”, acrescentou. Destacou que os partidos do campo da esquerda estarão juntos no segundo turno.

Petrobras

Em entrevista à Rádio Bandeirantes de Porto Alegre ontem (31), Lula criticou a insistência do governo Bolsonaro em culpar a Petrobras pela crise dos preços de combustíveis. “O presidente da Petrobras é subordinado às orientações políticas do Estado brasileiro. Embora a gente não tenha a maioria das ações, é o governo quem indica o conselho, e o presidente (da empresa) é indicado pelo conselho”, lembrou. Bolsonaro tenta disfarçar o fato de que é o principal responsável pela disparada dos preços.

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