Lula dança com Daniela Mercury na Bahia em semana cheia de política e arte (Vídeo)
Nos palcos, artista que historicamente se engajaram nas campanhas de Lula se juntaram a novos nomes que se encorajaram a sair em defesa do ex-presidente
Publicado 01/04/2022 - 19h52
São Paulo – O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva terminou a semana de encontros políticos e com artistas, no Rio de Janeiro e na Bahia, no ritmo de O Canto da Cidade. Ao som da canção consagrada por Daniela Mercury, Lula e sua namorada Rosângela da Silva, a Janja, dançaram sem cerimônia na casa da cantora e de sua mulher, Malu Verçosa, nesta quinta-feira em Salvador. O momento de descontração encerra uma semana eclética na agenda do pré-candidato do PT à presidência da República.
“Esse é o Brasil que amamos. A democracia não pode esperar. Eu e @maluvercosa estamos muito honradas de receber a visita do presidente @lulaoficial e de @janjalula na nossa casa, na nossa cidade, com grandes representantes da cultura”, tuitou a cantora. “Obrigado @danielamercury por receber com sua família, em sua casa eu, @JanjaLula, @gleisi, @jaqueswagner, @costa_rui e @Jeronimoba13, com tanta música, amigos e alegria. E com o canto e alegria que é da Bahia e do Brasil!”, retribuiu Lula.
Nos palcos, artistas que historicamente se engajaram nas campanhas de Lula se juntaram a novos nomes que se encorajaram a sair em defesa do ex-presidente. Assim como nos palanques petistas históricos encontraram-se com novos aliados em nome de uma “aliança maior do que o PT” para derrotar Jair Bolsonaro. E quem sabe governar com maioria no Congresso. Foi o que ocorreu, também nesta quinta, durante lançamento da pré-candidatura de Jerônimo Rodrigues ao governo da Bahia. Na chapa, o vice é o vereador Geraldo Júnior (MDB) e, para o Senado, Otto Alencar, do PSD de Gilberto Kassab.
Artistas por Lula
Ainda no início da semana, viralizou nas redes sociais foto do ex-presidente em encontro com artistas da velha guarda e novas vozes importantes da música brasileira. De Ludmilla a Paulinho da Viola – sempre de esquerda, mas sempre discreto – passando por Lenine, Zeca Pagodinho, Gaby Amarantos, Martinho da Vila, Maria Rita e Tereza Cristina. “Fora Bolsonaro! A hora é agora e a nossa história exige! #Lula2022”, disse o cantor Lenine por meio de suas redes sociais, ao postar foto com o ex-presidente. O pastor evangélico Henrique Vieira e o candidato do PSB ao governo do Rio, Marcelo Freixo, também estão na foto. O encontro sucedeu o evento do Lollapalooza, em São Paulo, onde artistas como Pabllo Vittar, Emicida, Edgar, Planet Hemp e Jão demonstraram apoio a Lula.
Na quarta-feira (31) foi a vez de Chico Buarque sair sambar com a bandeira-toalha com imagem de Lula no show de verão da Mangueira, no Viva Rio.
Os artistas centraram forças em tentar convencer os jovens que terão entre 16 e 18 anos em 2 de outubro a tirar título de eleitor, o que é facultativo. Pesquisa divulgada nesta semana mostra que Lula é o candidato favorito de 55% dos jovens no Brasil, porcentagem maior do que a soma de todos outros candidatos. Entretanto, a adesão desse público está em níveis historicamente baixos. O engajamento de Lula com artistas e os apelos aos jovens levaram Lula a superar Bolsonaro no número de interações no Instagram.
Fala Lula
Antes, na terça-feira (29), o ex-presidente participou de debate com especialistas e representantes da Federação Única dos Petroleiros (FUP) no Rio de Janeiro. Ele fez uma defesa da soberania nacional e criticou a política entreguista em relação à Petrobras. “A elite brasileira é colonizada, ela nunca aceitou a independência, nem a soberania. Então, tentar fazer o que construímos, onde fortalecemos as empresas nacionais, não foi aceito com facilidade. É preciso vencer a nossa narrativa. Eles construíram mentiras absurdas sobre a Petrobras e trabalhadores foram chamados de ladrões”, disse.
Ainda na capital fluminense, no dia seguinte, Lula participou de evento na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj). Ele discursou para milhares de pessoas que participaram do encerramento do Encontro Democracia e Igualdade, no auditório da faculdade. O pré-candidato do PT disse que “está na hora do Brasil se indignar”. Novamente falou sobre soberania e também sobre carestia. “Nós vamos voltar. E quando a gente voltar, a gente vai tratar de abrasileirar o preço das coisas”, disse em relação à política de preços de paridade internacional adotada pela Petrobras, que empurra a inflação para cima e diminui o poder de compra das famílias.
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