Eleições 2022

PT aprova chapa Lula-Alckmin, coligação com PSB e federação com PCdoB e PV

Em nota, partido diz que alianças buscam ampliação política para processo eleitoral que será “o mais duro desde a redemocratização”

Ricardo Stuckert
Ricardo Stuckert

São Paulo – O diretório nacional do PT aprovou nesta quinta-feira (13) o nome do ex-governador Geraldo Alckmin (PSB) para ser candidato a vice-presidente na chapa encabeçada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Mais cedo, o partido confirmou a aprovação da federação partidária com PCdoB e PV e também do estatuto dessa união, que foi fechada em março. O debate sobre o tema transcorreu sem a participação presencial do ex-presidente Lula, que estava em viagem de Brasília a São Paulo.

Em nota, o PT afirma que sua política de alianças e a tática eleitoral estão em construção e serão definitivamente aprovadas no encontro nacional de 4 e 5 de junho. Porém, a legenda adianta que o objetivo é a “ampliação política necessária para derrotar Bolsonaro, num processo eleitoral que já se revela o mais duro desde a redemocratização do país”.

Em relação à federação, pela legislação, uma vez formalizada essa união, os partidos precisam permanecer nela por quatro anos no mínimo, período em que funcionarão como uma legenda única, com fundo partidário e tempo de televisão em comum.

De acordo com seu estatuto já aprovado, a Assembleia Geral da federação, o órgão deliberativo máximo, será composta por 60 representantes dos partidos. Desse total, nove vagas serão distribuídas de forma paritária entre (três para cada um). As 51 restantes serão distribuídas proporcionalmente aos votos válidos obtidos na eleição para a Câmara dos Deputados de 2018. Ainda de acordo com o documento aprovado, a presidência da Assembleia será rotativa entre os partidos da federação e o mandato terá duração de um ano. O PT será o primeiro a ocupar o posto.

O estatuto prevê que a federação deve “combater, prevenir e reprimir todo tipo de violência política, especialmente a violência política contra a mulher, pessoas negras, indígenas e outros grupos discriminados ou marginalizados”.

Depois de aprovado o estatuto pelas legendas, a federação precisa ser registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) até 31 de maio.


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