eleições 2022

Alckmin anuncia filiação ao PSB e deve confirmar chapa com Lula

Ex-governador paulista publicou em rede social banner citando frase do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos: “Não vamos desistir do Brasil”

Divulgação/Twitter
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“A política precisa enxergar as pessoas. Não vamos deixar ninguém para trás", postou ex-tucano

São Paulo – Em postagens em suas redes sociais, o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin confirmou sua filiação ao PSB. “O tempo da mudança chegou! Depois de conversar muito e ouvir muito eu decidi caminhar com o Partido Socialista Brasileiro – PSB. O momento exige grandeza política, espírito público e união”, escreveu.

Fiel a seu estilo discreto e de poucas palavras, Alckmin acrescentou: “A política precisa enxergar as pessoas. Não vamos deixar ninguém para trás. Nosso trabalho para ajudar a construir um país mais justo e pronto para o enfrentamento dos desafios que estão postos está só começando”.

Alckmin publicou também um banner citando uma frase do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, do PSB, que morreu em um acidente aéreo na campanha eleitoral de 2014: “Não vamos desistir do Brasil”. A expectativa agora é a oficialização da chapa Lula-Alckmin para disputar a Presidência da República.

Inquérito arquivado

Na quarta (16), o ex-tucano se manifestou sobre a delação premiada em que foi citado por Marcelino Rafart, ex-presidente da Ecovias, concessionária que opera o sistema Anchieta-Imigrantes. “A respeito do inquérito da Polícia Federal em que meu nome foi mencionado e que foi objeto de matérias da Imprensa divulgadas no dia de ontem, quero esclarecer a todos vocês que ele foi arquivado pelo Juízo da 1ª Zona Eleitoral de São Paulo na quinta-feira passada”, esclareceu. Segundo o jornal Valor Econômico, a primeira instância arquivou o inquérito da Polícia Federal (PF) no último dia 10.

Até o conservador jornal O Estado de S. Paulo criticou, em editorial nesta sexta, “o uso político da delação de um antigo diretor da Ecovias”. O periódico, que nunca se levantou contra o uso político da delação premiada contra o ex-presidente Lula, acrescenta que “chama a atenção”, no episódio, “o momento escolhido para o vazamento desses dados”, já que as declarações de Rafart foram feitas há quase dois anos.

“No entanto, a divulgação ocorreu agora, em pleno ano eleitoral, como se trouxesse alguma novidade bombástica”, diz o Estadão. “Tão velho é o material que já houve tempo para o Judiciário manifestar-se sobre as informações prestadas na delação. O inquérito criminal foi concluído em fevereiro”, explica.


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