Sem pena

Depois de 33 anos, Alckmin se desfilia do PSDB. ‘Tempo de mudança’

Já o ex-presidente Lula, líder nas pesquisas, disse hoje que não há definição sobre seu vice, mas destacou que quer fazer aliança com os partidos de centro

Divulgação/Twitter/Governo SP
Divulgação/Twitter/Governo SP
O desfecho já era esperado há semanas e volta a alimentar as especulações sobre possível aliança com Lula

São Paulo – Depois de mais de 33 anos no PSDB,  o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin se desfiliou do partido. O anúncio foi feito pelo Twitter. “Quero agradecer aos meus companheiros de jornada. Vocês foram muito importantes nessa travessia”, disse. “Nesses mais de 33 anos e meio de trajetória no PSDB procurei dar o melhor de mim. Um soldado sempre pronto para combater o bom combate com entusiasmo e lealdade. Agora, chegou a hora da despedida. Hora de traçar um novo caminho. É um novo tempo! É tempo de mudança!”, acrescentou.

O desfecho já era esperado há semanas e volta a alimentar as especulações sobre uma possível aliança entre o agora ex-tucano Geraldo Alckmin e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em uma chapa para a disputa da Presidência da República em 2022. O rumo do ex-governador, porém, é ainda incerto. Ele tem hoje à frente três alternativas: o PSB, o PSD ou o Solidariedade.

Já o ex-presidente Lula, por sua vez, líder absoluto em todas as pesquisas de intenção de voto para as eleições do ano que vem, afirmou hoje, em entrevista à Rádio Clube de Blumenau, que não há definição sobre quem será seu vice, até porque ele não é candidato ainda.

Alianças

“Eu não posso discutir vice se ainda não sou candidato. Na hora certa, quando eu for candidato, vou indicar um vice para me ajudar a governar e reconstruir esse país”, avisou. Porém, o petista não descartou alianças com o centro. “Vamos fazer uma aliança preferencial com os partidos, mas a gente quer também fazer aliança com os partidos de centro”, disse.

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“Queremos juntar as pessoas que são democráticas, que são civilizadas, as pessoas que são e bem, pessoas que são contra armas e são favoráveis a livros, que são contra o ódio e são favoráveis ao amor e à fraternidade.” Segundo Lula, “tem muita gente boa que não está no espectro da esquerda e que pode contribuir para a gente recuperar o Brasil”.

De acordo com a colunista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, um jantar organizado pelo grupo Prerrogativas deverá reunir Lula e Alckmin pela primeira vez em público no próximo domingo (19). A concorrência, de acordo com a informação, é alta: mais de 500 convites foram vendidos, 40 jornalistas foram credenciados.

A lotação do evento está completa, segundo a nota da jornalista, que afirma ainda que será exigido passaporte vacinal na entrada e teste recente de covid-19.

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