São Paulo – O PSDB terá como candidato a presidente da República em 2022 o governador de São Paulo, João Doria, vencedor das prévias que foram concluídas neste sábado (27). O anúncio foi feito pelo presidente da legenda, Bruno Araújo, no início da noite.

A votação, que começou no domingo (21), foi concluída às 17h deste sábado (27) em função dos problemas no aplicativo de votação, que foi substituído. Foram aproximadamente 30 mil votos computados. Três candidatos estavam na corrida: além de Doria, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, e o ex-senador e ex-prefeito de Manaus Arthur Virgílio.

No decorrer do dia, a direção da legenda afirma ter registrado inúmeras tentativas externas de acesso ao sistema de prévias. Todos os ataques teriam sido realizados fora do Brasil, o que fez com que o registro de votos dos filiados que estão no exterior fosse bloqueado.

Disputa e desordem

No início da semana, o cientista político Paulo Niccoli Ramirez, em entrevista realizada no Jornal Brasil Atual, destacou que a legenda, com o imbróglio que se deu em torno da disputa pela candidatura, começou perdendo as eleições de 2022. “O PSDB, anos atrás, era o partido de centro-direita mais organizado no país e com grande capacidade de organização partidária. O que aconteceu ontem (no domingo passado) foi um papelão. A disputa entre Doria e Leite foi uma desordem, uma incapacidade, o que prejudica o partido para o ano que vem. Já começaram as eleições perdendo”, disse.

“O PSDB não soube lidar com o processo de retração e, ao invés de transmitir a imagem para a população de que é unificado, fica lavando roupa suja em público. Isso não é nada saudável e podemos ver o partido nem disputar as eleições do ano que vem, entrando em alguma coligação maior”, disse o entrevistado.