"infames trapaceiros"

Ambição política consuma ‘manobra criminosa’ de Moro e Dallagnol, dizem juristas

Grupo Prerrogativas afirma que dupla que esteve à frente da Lava Jato exibe “verdadeiros propósitos” após “articulação golpista”

Reprodução
Reprodução
Moro e Deltan utilizaram sistema de Justiça para perseguir interesses pessoais, denunciam advogados

São Paulo – Advogados, juristas e professores de Direito que compõem o grupo Prerrogativas divulgaram nota nesta quinta-feira (4) condenando as pretensões políticas do procurador Deltan Dallagnol e do ex-juiz Sergio Moro. De acordo com os juristas, trata-se da “consumação de uma manobra criminosa de aproveitamento político do sistema de Justiça”. Dallagnol anunciou hoje que vai renunciar à sua função no Ministério Público Federal (MPF). Ele deve se filiar ao Podemos, mesmo partido que já anunciou para a semana que vem a filiação de Moro.

Desse modo, ambos se preparam para participar das eleições do ano que vem. O primeiro, especula-se, deve buscar uma cadeira na Câmara Federal. Já o ex-juiz e ex-ministro é incluído, inclusive, como virtual candidato ao Palácio do Planalto. Para os integrantes do Prerrogativa, Moro e Dallagnol “agora exibem à luz do sol seus verdadeiros propósitos”.

“Os pretextos de ‘combate à corrupção’, ‘Brasil justo para todos’, ‘lei que deve valer para todos’ e até ‘amor ao próximo’, utilizados por esses farsantes, na verdade sempre constituíram veículos de busca de interesses pessoais, à custa da destruição de empresas nacionais e da condenação de inocentes, numa tenebrosa deformação das funções da magistratura e do Ministério Público”, diz a nota.

Dez pontos para entender a gravidade da relação entre Moro e Dallagnol

Inimigos da Constituição

O coletivo destaca que a dupla, chamada de “cínicos personagens”, fraudou “escancaradamente” garantias processuais durante a Operação Lava Jato. Moro e Dallagnol são classificados como “traidores” das instituições às quais pertenceram e “inimigos da Constituição”. Ademais, a força-tarefa de Curitiba teria se transformado no “epicentro de uma articulação golpista”, segundo o grupo.

“Sergio Moro violou gravemente a obrigação de imparcialidade a que devem respeito todos os magistrados, como condição elementar de sua atuação. Já Dallagnol converteu a força tarefa que coordenava na Lava Jato num sinistro esquadrão dedicado a empreender perseguições políticas sem base legal”.

Assim, o Prerrogativas destaca que há tempos vem expondo as ilegalidades cometidas pela dupla. Além disso, o grupo prevê que as empreitadas políticas dos ditos “infames trapaceiros” não deverá ser bem-sucedida. “Não faltarão energia nem verdades a serem ditas por quem bem soube dimensionar o dano incomensurável que Moro e Dallagnol perpetraram contra a Justiça brasileira, em prejuízo da Democracia e em desfavor do interesse nacional”, concluem.