Protesto virtual

#Bolsocaro: internautas criticam Bolsonaro e Guedes pela disparada da inflação

Usuários do Twitter destacaram escalada dos preços da gasolina, do gás de cozinha e também dos alimentos

Reprodução
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Vídeo explica relação do aumento da inflação com a política de preços da Petrobras

São Paulo – A hashtag #Bolsocaro foi a mais citada no Twitter desde o início do tuitaço, no fim da tarde desta quinta-feira (11). Com mais de 20 mil menções, a mobilização digital denunciou a carestia e a alta vertiginosa do preço dos alimentos sob o governo Jair Bolsonaro. De acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do IBGE, a inflação em outubro acelerou 1,25%, a maior variação para o mês nos últimos 20 anos. Em 12 meses, a alta geral dos preços já chega a 10,67%. Políticos, influenciadores e internautas também criticaram o ministro da Economia, Paulo Guedes.

Um dos tuítes afirmou que #Bolsocaro é “tendência” desde 2019, quando o atual presidente assumiu o cargo. Outro disse que “enquanto o povo passa fome, Bolsonaro tira do povo pra comprar deputado”. Também houve quem mencionasse que dólar alto só é bom para quem tem conta em paraíso fiscal, em menção à offshore de propriedade de Guedes revelada nos chamados Pandora Papers.

Para a presidenta do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), em vez de competência para conter a crise, Bolsonaro chefia um desgoverno de confusão “Dólar nas alturas, combustíveis caríssimos e falta de investimentos. Mortes, fome, desemprego, renda baixa, uma babel!”, criticou. Seu colega de bancada, Henrique Fontana (PT-RS) destacou que o Brasil tem a pior perspectiva de crescimento entre os países do G20 para o ano que vem. Marcelo Freixo (PSB-RJ) disse que a única fome que preocupa Bolsonaro “é a do Centrão”.

Combustíveis

Vídeos elaborados pela liderança da Minoria na Câmara dos Deputados foram dos mais compartilhados pelos internautas. Um deles explicou as consequências da dolarização dos preços dos combustíveis. Por conta do Preço de Paridade Internacional (PPI), política adotada pelo Petrobras desde 2016, o diesel registrou alta acumulada de 65,5% nas refinarias em 2021, de acordo com dados da Agência Nacional de Petróleo (ANP). Para a gasolina, o aumento é de 74,8% desde janeiro.

Como a maioria dos produtos são transportados por caminhões, o diesel mais caro acaba tendo impacto disseminado por toda a economia, afetando principalmente o custo dos alimentos. Outra publicação no tuítaço #Bolsocaro faz paródia com os jingles tradicionalmente utilizados pelos caminhões que vendem gás de cozinha em grande parte das cidades brasileiras. “Subiu o preço, subiu demais! O que custava R$ 60, agora custa R$ 130!”.

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