São Paulo – Em agenda europeia que praticamente não foi noticiada pelos veículos tradicionais, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu ontem (12) à noite com o social-democrata alemão Olaf Scholz, que venceu as eleições realizadas em setembro. Atual ministro da Economia e vice-chanceler, Scholz está em processo de formação da aliança para o governo que deverá substituir o de Angela Merkel.

Advogado de formação, Scholz, de 63 anos, já foi prefeito de Hamburgo e ministro do Trabalho. Ele está no SPD (o partido social-democrata) desde 1975. Foi eleito pela primeira vez para o parlamento em 1998. O político negocia a formação do governo com os partidos Verde e Liberal. Segundo a assessoria de Lula, o encontro durou aproximadamente uma hora.

Além disso, o petista divulgou seu “reencontro” com o também social-democrata Martins Schulz, eleito em dezembro de 2020 presidente da Fundação Friedrich Ebert Stiftung (FES). Ele também comandou o Parlamento Europeu. “Lula é a esperança do Brasil para o fim da política de divisão e agitação de Jair Bolsonaro”, afirmou Schulz em rede social.

Visita na prisão

“Importante liderança da social democracia alemã e um companheiro das horas mais difíceis, a quem sou grato por ter feito questão de ir até o Brasil me visitar quando estava preso em Curitiba”, disse Lula. Ainda ontem, ele esteve com as deputadas eleitas Yasmin Fahimi e Isabel Cadermatori, do SPD.

O líder petista também manteve contato com líderes sindicais alemães. Em Berlim, encontrou-se, fora da agenda, com o ativista Negro Belchior e comitivas da Uneafro e da Coalizão Negra por Direitos, que estão na Europa para participar a COP26 (Conferência do Clima, das Nações Unidas), entre outras atividades.