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‘Com Bolsonaro no poder, as pessoas vão continuar a sofrer’, diz Haddad

Na Paulista, Manuela D’Ávila destacou que as mulheres alertaram para os riscos representados por Bolsonaro ainda antes da eleição

Reprodução/TVT
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Bolsonaro prega a discórdia", disse Haddad. "Isso não pode funcionar"

São Paulo – O ex-prefeito de São Paulo e ex-ministro da Educação, Fernando Haddad, afirmou neste sábado que as cenas da “fila do osso” registradas nesta semana no Rio de Janeiro vão continuar se repetindo enquanto o atual governo não for interrompido. “Enquanto Bolsonaro estiver no poder, vamos ver as pessoas sofrerem de fome, doentes, desempregadas, nervosas com a situação que o país está vivendo. Ele é uma pessoa que não une o país. É uma pessoa que prega a discórdia, isso não pode funcionar”, disse Haddad hoje na Avenida Paulista.

À repórter Girrana Rodrigues, durante cobertura especial das manifestações na TVT, Haddad afirmou que o governo Bolsonaro precisa ser “superado”, seja pelo impeachment ou nas eleições do ano que vem. “Mas não podemos descansar até atingir esses objetivos”, ressaltou.

Haddad disse ainda que o escândalo da Prevent Senior relevado pela CPI da Covid demonstra que “teve gente que usou a doença para ganhar dinheiro”. Ele também lembrou dos laboratórios que faturaram milhões com a venda de medicamentos ineficazes contra a doença. Tudo isso em consonância com as diretrizes negacionistas do governo Bolsonaro.

Segundo o ex-prefeito, a “reforma” administrativa, que tramita no Congresso Nacional, é mais um exemplo do “desmonte do Estado” promovido pelo atual governo. Ele citou, ainda, que o orçamento foi capturado por interesses privados, por meio das emendas do relator. “Isso tem que acabar. O dinheiro tem que ir para os ministérios, para sustentar a saúde, educação e segurança pública.”

Para ele, é preciso um novo governo que garanta emprego, renda e educação para a maioria do povo brasileiro. “Quero que as pessoas comam, estudem e trabalhem. Já seria um grande resultado. Vamos garantir isso, depois a gente dá o segundo passo.”

Mulheres

A ex-deputada federal Manuela D’Ávila, vice de Haddad nas últimas eleições presidenciais, lembrou que as mulheres já estavam nas ruas ainda antes da chegada de Bolsonaro ao poder, nas manifestações conhecidas como #EleNão. “As mulheres foram aquelas que primeiro saíram às ruas para denunciar o que seria esse governo. Foram aquelas que identificaram que nossas vidas, dos nossos filhos e dos nossos amores não valem nada para esse governo.”

Nesse sentido, Manuela afirmou ainda que a participação das mulheres nas manifestações pelo Fora Bolsonaro significa que a maior parte da população está disposta a enfrentar esse governo. “Estamos dizendo que não há tempo a perder. É preciso derrotar Bolsonaro imediatamente”, ressaltou.

Crimes de sobra

De acordo com o deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS), não faltam crimes de responsabilidade que poderiam autorizar a abertura de um processo de impeachment contra Bolsonaro. “Ele já cometeu toda a sorte de crimes. São quase 600 mil mortos, e ele tem muito responsabilidade sobre isso. O que precisamos é de mobilização popular e unidade das forças democráticas para tirar um criminoso que está destruindo o Brasil”, afirmou o parlamentar. Além disso, segundo ele, é preciso que atos pelo impeachment sigam crescendo, pois Bolsonaro está levado o povo à fome e ao desemprego e destruindo a democracia brasileira.

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Redação: Tiago Pereira


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