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Renan Calheiros deve adiar relatório da CPI da Covid após ‘fuga’ de lobista

Comissão aciona polícia legislativa para localizar Marconny Faria, cujo depoimento é considerado fundamental para a conclusão das investigações

Pedro França/Agência Senado
Pedro França/Agência Senado
O relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL) garantiu que pedirá o adiamento do fim da comissão, prevista para a segunda quinzena deste mês

São Paulo – A sessão de hoje (2) da CPI da Covid no Senado Federal ficou marcada pela busca do lobista ligado á Precisa Medicamentos e à família Bolsonaro, Marconny Faria. Sua falta à convocação foi tratada como fuga, e fez os parlamentares tomarem ações junto à Justiça para garantir o depoimento do lobista o mais breve possível. O relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL), também anunciou que pedirá o adiamento do fim da comissão, prevista para a segunda quinzena deste mês. Isso, porque a presença de Marconny é considerada fundamental para a conclusão das investigações, já que a tentativa de evitar a CPI por meio de várias manobras diferentes levantou ainda mais suspeitas sobre que papel ele exercia junto ao Ministério da Saúde na compra irregular de vacinas contra a covid.

Também nesta quinta-feira, a comissão ouviu o ex-secretário de Saúde do Distrito Federal, Francisco Araújo. Sua convocação de Araújo veio após ele ser alvo da operação Falso Negativo da Polícia Federal, que apurou a compra de testes rápidos superfaturados e de baixa qualidade, em agosto do ano passado. Ele chegou a ser preso na ocasião. Ele negou qualquer relação com a Precisa Medicamentos, envolvida na operação, e também disse que não conhece o deputado Ricardo Barros (PP-DF). Barros é líder do governo Bolsonaro na Câmara e um dos principais nomes investigados no esquema de corrupção envolvendo a tentativa de compra superfaturada de vacinas Covaxin.

Má gestão

Entre os senadores mais ativos durante o dia, destaque para os parlamentares do Distrito Federal, como Leila Barros (PSB), que chegou a ocupar temporariamente a presidência da sessão. A parlamentar criticou o fechamento de um hospital de campanha montado no início da pandemia no estádio Mané Garrincha. Em seguida à desativação, o distrito enfrentou o colapso sanitário, com falta de leitos em razão da segunda onda de covid-19 no país. “A motivação do fechamento foi uma denúncia de superfaturamento em relação à compra de 190 leitos de UTI?”, questionou. Araújo negou irregularidades nos contratos.


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