Ensaio golpista

Atos antidemocráticos do dia 7: oposição pede convocação de ministro da Justiça pela Câmara

PT, PSB, PDT, Psol e PCdoB querem que Torres seja cobrado sobre medidas para conter ameaças ao STF e ao Congresso

Marcelo Camargo /Agência Brasil
Marcelo Camargo /Agência Brasil
Anderson Torres é delegado federal, além de próximo da cúpula da PF e de parlamentares vinculados à chamada “bancada da bala”

Brasil de Fato – As lideranças dos principais partidos de oposição apresentaram, nesta quinta-feira (26), um pedido de convocação do ministro da Justiça, Anderson Torres, para que ele seja ouvido pelo plenário da Câmara dos Deputados sobre quais medidas serão adotadas para barrar as ameaças golpistas que vêm sendo projetadas por extremistas de direita para os atos antidemocráticos do próximo 7 de Setembro.

As ações, entoadas pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e apoiadores, têm sido divulgadas pela imprensa nos últimos dias e se voltam contra o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Congresso Nacional. As duas instituições estão sob ameaça de invasão durante os atos antidemocráticos programados para ocorrer na data.

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 “A razão desses atos foi a rejeição pelo Congresso Nacional da PEC do ‘voto impresso’ e o avanço no STF de investigações da ação de grupos antidemocráticos, rede de propagação de fake news e a decretação de prisão e medidas contra pessoas que atacam a democracia e financiam esta rede criminosa”, atribuem os parlamentares, no documento protocolado na Câmara.

Conduzida inicialmente pelo líder da bancada do PCdoB, Renildo Calheiros (PE), a iniciativa da oposição – assinada também pelas siglas PT, PSB, PDT, PSOL – é uma pressão formal para que o ministro da Justiça apresente um plano de contenção dos protestos, duramente criticados por atores políticos, especialistas, segmentos populares e outros grupos.

“É imperioso haver a convocação do ministro, assim como também é importante um posicionamento da Câmara em defesa da democracia. Se quem defende a democracia se cala, os favoráveis à ditadura se impõem”, disse, por exemplo, o líder do PT, Bohn Gass (RS).

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