Irresponsável

Manifestantes ocupam a Paulista pelo Fora Bolsonaro: ‘A culpa é dele’

Após bicicletada em homenagem às 500 mil vítimas da pandemia, milhares de pessoas ocupam a principal avenida de São Paulo em dia marcado por protestos pelo Brasil

Ricardo Stuckert
Ricardo Stuckert
Manifestantes responsabilizaram Bolsonaro pelos parentes vítimas da pandemia

São Paulo – Milhares de pessoas fecharam parte da Avenida Paulista, no centro de São Paulo, na tarde deste sábado (19), em protestos pelo ‘Fora Bolsonaro’. A concentração ocorreu no vão livre do Masp. Logo, pelo menos quatro quarteirões da avenida foram tomados pelos manifestantes. Mais à frente, um grupo de ciclistas realizou uma bicicletada em homenagem às 500 mil vítimas da pandemia, e também em defesa da democracia.

Os manifestantes pedem “mais máscara e menos cloroquina”. Eles atribuem à negligência do governo federal o agravamento dos impactos econômicos da pandemia. “Seu comércio está falindo porque Bolsonaro não comprou vacina”, dizia o cartaz carregado por uma mulher. “A culpa é dele!”, registrava outra participante.

Além das faixas e cartazes de protesto, manifestantes também carregam bandeiras de partidos políticos, como PT, Psol, PCdoB e UP. Movimentos sociais, centrais sindicais e estudantes ligados à Une marcaram presença com grandes balões.

Os ex-ministros general Eduardo Pazuello (Saúde) e Ernesto Araújo (Relações Exteriores) também foram lembrados, pela demora nas negociações para a aquisição de vacinas. O ministro da Economia, Paulo Guedes, foi outro criticado pelo manifestantes, que cobram auxílio emergencial de R$ 600 enquanto durar a pandemia. Da mesma forma, os filhos do presidente viraram alvo dos protestos.

Assim como nas diversas cidades pelo país ao longo do dia, os participantes da mobilização usavam máscaras de alta proteção e mantiveram distanciamento dos demais. O boneco inflável conhecido como “capitão cloroquino” marcou presença na Avenida Paulista.

‘Bolsonaro matou meu irmão’

Dona Neuza portava um cartaz com a foto do seu irmão. Ela sugeriu que todos trouxessem retratos dos familiares vítimas da pandemia, “para mostrar o quanto as pessoas estão sentidas”. “Ele tomou todas as precauções, mas morreu de covid. Porque não foi vacinado. Bolsonaro rejeitou em agosto lotes de imunizantes que já poderiam ter sido aplicados em milhões de brasileiros. Bolsonaro não é brasileiro”, protestou. Assim como ela, vários manifestantes lembraram dos familiares que estavam mais presentes.


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