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Lula pode provocar onda progressista mundial, diz sociólogo

Lejeune Mirhan, comentarista de política internacional, afirma que ex-presidente é “o maior estadista vivo hoje no mundo”, sem comparações entre os líderes mundiais

Ricardo Stuckert
Ricardo Stuckert
Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez seu primeiro pronunciamento após a anulação das sentenças contra ele no âmbito da operação Lava Jato

São Paulo – O sociólogo, professor e escritor Lejeune Mirhan, especialista em política internacional, afirmou na tarde de hoje (10), em entrevista ao Bom para Todos, que a habilidade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em liderar um país não encontra comparações entre os líderes mundiais. “Não saberia dizer com quem a estatura política de Lula poderia se comparar.”

Lejeune, que participa todas as quartas do programa da TVT, falou logo após o pronunciamento seguido de entrevista coletiva concedida por Lula, na sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo. “É o maior estadista vivo hoje no mundo”, observou.

Para ele, mesmo diante dos 580 dias de cárcere ao qual foi submetido, por conta das condenações agora anuladas no âmbito da operação Lava Jato, o ex-presidente se mostra capaz de “falar duro, com ideias muito avançadas, mas com palavras suaves e doces”.

O analista acredita que o ressurgimento do líder petista no tabuleiro político brasileiro tem potencial para gerar uma onda progressista mundial, mesmo ele não sendo presidente. “Não há como não relacionar a volta do Lula com a geopolítica mundial. Não precisamos esperar 2022 para termos uma onda progressista no mundo. E o Lula pode causar, mesmo não estando na presidência. É aquele sentimento, uma sensação, de colocar o ‘bloco na rua’. Ele anima todo mundo e contagia com suas palavras”.

Um fiasco

Lejeune analisou também a atrapalhada e polêmica viagem da comitiva brasileira a Israel em busca do “milagroso” spray nasal contra a covid-19.

A viagem composta por 10 pessoas, mas nenhum médico ou cientista, foi comandada pelo ministro das Relações Exteriores Ernesto Araújo e incluiu o filho do presidente brasileiro, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). Foi “um fiasco”, segundo o sociólogo, já que a comitiva sequer teve acesso ao hospital onde eram realizados, muito preliminarmente, os experimentos do remédio que é usado no combate a câncer de ovário. “É zero. É nada o resultado dessa viagem. Um fracasso. O spray testado com 30 pessoas não se mostrou eficiente e nem está na fase 3, quando é testado em massa nas pessoas.”


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