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Ex-presidente da Argentina Carlos Menem morre aos 90 anos

Menem havia ficado internado em decorrência de uma infecção urinária que se complicou e se desenvolveu para problema cardiológico

Reprodução 24horas.cl / Y.Tube
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O ex-presidente governou a Argentina por dois mandatos, entre 1989 e 1999, e ficou conhecido por conduzir uma forte política de privatização

São Paulo – O ex-presidente da Argentina e atual senador pela província de La Rioja, Carlos Menem, morreu neste domingo (14) aos 90 anos. Menem havia ficado vários dias internado em decorrência de uma infecção urinária que acabou se complicando e o quadro se desenvolveu para “problemas cardiológicos”. A notícia foi publicada pelo jornal Clarín.

Em junho de 2020, ele havia sido diagnosticado com uma pneumonia severa, agravando seus problemas com diabetes, segundo o jornal La Nación. Desde então, sua saúde vinha piorando.

O ex-presidente governou a Argentina por dois mandatos, entre 1989 e 1999, e ficou conhecido por conduzir uma forte política de privatização e implementar a abertura do país às importações estrangeiras.

O peronista Carlos Menem conseguiu um forte apoio popular no início de seu mandato após adotar a política de câmbio fixo (US$ 1 equivalia a 1 peso) para tentar pôr fim a um período de hiperinflação no país.

A estratégia deu certo por alguns anos, mas depois culminou com a desvalorização da indústria argentina frente a estrangeira.

Menem foi o presidente que governou a Argentina por mais tempo de maneira ininterrupta, lembra a imprensa argentina.

O período de Menem na presidência foi marcado por denúncias de corrupção, uma delas, o escândalo de exportação de armas ao Equador e à Croácia, entre 1991 e 1996, acabou levando-o brevemente à prisão domiciliar, em 2001.

Em 2015, Menem voltou a ser condenado em outro caso, de suborno a autoridades com dinheiro público. Em 2019, também foi condenado por superfaturamento de obras e por fraude na venda de um imóvel na década de 1990.

Menem se candidatou à presidência pela última vez em 2003, quando venceu o primeiro turno e desistiu da disputa no segundo, dando a vitória a Néstor Kirchner.

Com Agências

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