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Carreatas contra Bolsonaro tiveram ‘saldo positivo com adesão da população’, diz CMP

Movimentos populares realizaram manifestações em 26 cidades de todo o país, em defesa do impeachment de Bolsonaro

Ricardo Stuckert
Ricardo Stuckert
Raimundo afirma que os dois finais de semana foram um esquenta para o 21 de fevereiro, quando os movimentos populares prometem a 'maior carreata do Brasil'

São Paulo – Manifestantes, movimentos sociais e partidos progressistas foram às ruas, neste domingo (31), por meio de carreatas, para pedir o impeachment de Jair Bolsonaro (sem partido). O segundo final de semana consecutivo de mobilizações teve saldo positivo, na avaliação do coordenador da Central de Movimentos Populares (CMP), Raimundo Bonfim, que comemorou a adesão popular.

Segundo a Frente Brasil Popular e Povo Sem Medo, que integram a organização das mobilizações, cerca de 26 cidades em todo o país realizaram mobilizações e carreatas pelo impeachment de Bolsonaro, sendo 17 capitais: Belém, Porto Velho, Maceió, Salvador, Fortaleza, São Luís, João Pessoa, Teresina, Natal, Aracaju, Campo Grande, Brasília, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba e Porto Alegre.

Raimundo afirma que os dois finais de semana foram uma espécie de “esquenta” para o 21 de fevereiro, quando os movimentos populares prometem a “maior carreata do Brasil”. “Pelo segundo final de semana, organizamos carreatas e manifestações nas ruas. A recepção foi calorosa por parte da população, houve uma adesão pela saída de Bolsonaro. O povo tem notado o papel do presidente na pandemia e no aumento da miséria. Enquanto isso, infelizmente, há mais de 60 pedidos de impeachment empoeirando”, disse, em entrevista ao Jornal Brasil Atual.

Pressão sobre Maia

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse, neste domingo (31), que pode acatar um dos pedidos de impeachment do presidente Jair Bolsonaro, em reação à decisão de seu partido de deixar o bloco de apoio à candidatura do deputado Baleia Rossi (MDB-SP) para a presidência da Câmara. Rossi é apoiado pela maior parte da oposição na Casa.

Na avaliação de Bonfim, Maia foi passado para trás pelo presidente da República e deixa a Câmara com a imagem manchada. “É um covarde e foi humilhado pelo governo federal. Ele tenta se equilibrar num diálogo com a oposição, mas sempre ajudou a aprovar as pautas econômicas do governo Bolsonaro e, agora, sai humilhado”, criticou.

O coordenador do CMP lembra que uma parte da direita e a esquerda só estão juntas na pauta que pede a saída de Bolsonaro, mas não é possível se unir nos demais assuntos, pois há divergências. “Nós queremos a saída do Bolsonaro para interromper essa política ultraliberal, o que é defendido por esses movimentos. Não vamos desanimar com a vitória de seus candidatos no Legislativo, porque será a pressão popular nas ruas que vai derrubar o presidente”, finalizou.


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