Alimentação cara

‘Compras de mercado’ do governo federal têm R$ 37 milhões para iogurte e leite condensado

Enquanto Bolsonaro diz que não tem dinheiro para o auxílio emergencial, governo gastou R$ 1,8 bilhão em compras em 2020

Tomaz Silva/Agência Brasil
Tomaz Silva/Agência Brasil
Governo Bolsonaro desembolsou, em 2020, R$ 31 milhões de reais em refrigerante e outros R$ 2,2 milhões em chicletes.

São Paulo – O governo federal de Jair Bolsonaro gastou nas tradicionais “compras de mercado” mais de R$ 1,8 bilhão em alimentos, em 2020 – um aumento de 20% em relação a 2019. O levantamento feito pelo portal Metropoles mostra valores elevados em diversos itens, como R$ 21,4 milhões gastos em iogurte natural e outros R$ 15,5 milhões, em leite condensado.

Os valores são referentes a 2020, ou seja, quando iniciou a período da pandemia de covid-19. O governo federal, que alega não ter dinheiro para pagar o auxílio emergencial para a população, desembolsou R$ 31 milhões de reais em refrigerante e outros R$ 2,2 milhões em chicletes.

O “cardápio” do governo de Bolsonaro vai além do tradicional arroz, feijão, carne e salada. As compras de mercado do governo federal ainda incluem geleia de mocotó, picolé, pão de queijo, pizza, vinho, bombom, chantilly e sagu. Só em biscoito foram gastos R$ 50 milhões.

Na parte das carnes, o governo federal deixou seu carrinho de mercado pesado: foram gastos de R$ 89,6 milhões em carne bovina; R$ 51,5 milhões em carne de ave; R$ 30,9 milhões em peixes in natura; além de outros R$ 11 milhões em peixes em conserva.

As compras de molho shoyo, molho inglês e molho de pimenta somam mais de R$ 14 milhões aos cofres públicos. Só em rapadura foram gastos R$ 1.554.167,98 e mais R$ 6.589.839,54 em pó de pudim. Além disso, outros R$ 4.075.954,66 foram destinados para a compra de farinha para quibe.

Nesta segunda-feira (25), Jair Bolsonaro negou que o auxílio emergencial será prorrogado em 2021. Segundo ele, apesar de milhões de pessoas dependerem do benefício para sobreviver, o “benefício não é uma aposentadoria” e o “Brasil está endividado”.


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