eleições 2020

TSE: falha em supercomputador atrasa divulgação dos resultados, mas apuração não parou

Em coletiva, Luís Roberto Barroso também lembrou que urnas não estão em rede e não podem ser hackeadas

Marcelo Camargo/abr
Marcelo Camargo/abr
"Houve um atraso na totalização dos resultados por força de um problema técnico: um dos núcleos de processadores do supercomputador que faz a totalização falhou e foi preciso repará-lo"

São Paulo – O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, afirmou, na noite deste domingo (15), que o processo das eleições municipais de 2020 no Brasil segue íntegro. Segundo, o ministro a falha que provocou o problema foi localizada. “Houve um atraso na totalização dos resultados por força de um problema técnico: um dos núcleos de processadores do supercomputador que faz a totalização falhou e foi preciso repará-lo. Essa é a razão técnica pela qual houve o atraso”, disse. Barroso convocou entrevista coletiva para explicar a demora na divulgação dos resultados das eleições em diversas cidades brasileiras.

Ainda segundo o ministro, “os dados chegaram íntegros. No processo de somar, ficou extremamente lento em razão de um dos processadores ter sofrido problemas técnicos. Temos em torno de 50% dos votos totalizados. Um pouco mais à frente teremos a definição. Em algumas capitais já temos dados totalizados. Florianópolis foi o primeiro entre as capitais”.

Suspeitas indevidas

Antes, ainda na manhã desde dia de votação, houve uma tentativa de ataque de hackers no sistema de apuração do TSE, mas sem efeito. Os ataques tiveram origem identificada no Brasil, Estados Unidos e Nova Zelândia. As investidas não surtiram resultado e o sistema sequer chegou a ser derrubado.

Os ataques da manhã também não tiveram relação direta com o atraso na divulgação dos dados. De acordo com o ministro, os votos foram entregues pelos tribunais regionais com precisão.

Também circulou na internet durante o dia informações de um suposto vazamento de informações sobre funcionários do TSE. Barroso desmentiu. “A notícia que saiu durante o dia de um suposto vazamento, estive com a Polícia Federal, nada ocorreu de ataque que implicasse em vazamento na data de hoje. A PF apurou que ocorreu um vazamento no dia 23 de outubro e se refere a fatos bastante pretéritos. Informações entre 2001 e 2010 bastante irrelevantes. Vazaram informações administrativas sobre ministros aposentados e antigos funcionários do TSE.”

À prova de fraudes

Barroso ressalta que não existe relação entre o vazamento do passado com o processo eleitoral. “Sem qualquer consequência para o processo eleitoral. Pode ter sido de anos atrás. Como disse, informações irrelevantes que não afetaram o processo eleitoral. Esse ataque teve sua origem em Portugal.”

Sobre a integridade das urnas eletrônicas, Barroso lembra que elas não são ligadas em rede; logo, não são passíveis da ação de hackers. “As urnas não estão em rede. Elas não são vulneráveis a ataques que possam interferir no processo eleitoral.”


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