São Paulo – A eleição municipal no Rio de Janeiro, neste domingo (15), definiu os novos 51 vereadores que irão compor a Câmara Municipal da cidade, entre 2021 e 2025. Com sete parlamentares eleitos, o Psol conquistou a maior bancada da Casa, junto com o Republicanos e Democratas, que tiveram o mesmo número.

O vereador Tarcísio Motta (Psol) foi o mais bem votado, com 86 mil votos, e ultrapassou Carlos Bolsonaro (Republicanos), filho do presidente Jair Bolsonaro e responsável pelo Gabinete do Ódio. Em 2016, o bolsonarista ficou em primeiro lugar, deixando o psolista em segundo.

O PT elegeu três vereadores e também terá uma das maiores bancadas, ao lado do Partido Liberal (PL) e Avante. A estreante Tainá de Paula (PT) conseguiu uma vaga, assim como Monica Benício (Psol), viúva de Marielle Franco.

Cidadania, Progressistas, PSD, PTB e PSC conquistaram duas cadeiras. Outros onze partidos elegeram apenas uma. São eles: Novo, DC, MDB, Patriota, PDT, PMN, Podemos, PROS, PSL, PTC e Solidariedade.

Perfil da Câmara

Ao todo, a Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro terá apenas 11 das suas 51 cadeiras ocupadas por eleitos que declararam ser negros, o que representa 21,5% da Casa. A representatividade está abaixo da população negra da capital fluminense. A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), em 2019, aponta que cerca de 46% da população do Rio de Janeiro é negra.

Além disso, apenas 10 mulheres foram eleitas na Câmara Municipal. O mesmo Pnad mostra que 53% da população da cidade é feminina. No Rio, apenas duas candidatas LGBTQI+ foram eleitas vereadoras: a viúva de Marielle, Monica Benício, e a petista Tainá de Paula.

Dentre os 51 vereadores eleitos para a Câmara do Rio em 2021, apenas 17 não fazem parte do parlamento atual. Os outros 34 foram eleitos diretamente para o cargo em 2016 ou assumiram o mandato como suplentes ao longo dos últimos quatro anos.