2º turno

Psol apoia Manuela D’Ávila ‘para derrotar a velha direita’ em Porto Alegre

Fernanda Melchionna, que ficou em 5º lugar na disputa, disse que apoio à chapa comunista é “programático” e não envolve promessa de cargos

Reprodução/Fernanda Melchionna
Reprodução/Fernanda Melchionna
Em 50 lugar na disputa, Melchionna afirmou que o psol é um partido de "esquerda independente", que "não se vende e não se rende"

São Paulo – A candidata do Psol à prefeitura de Porto Alegre, Fernanda Melchionna, anunciou seu apoio e do seu partido a Manuela D’Ávila (PCdoB) na disputa pelo segundo turno. O objetivo, segundo ela, é “derrotar a velha direita” e “revogar todo o pacote de maldades” do governo do atual prefeito Nelson Marchezan Junior (PSDB).

O encontro que selou a aliança nesta segunda-feira (16) ocorreu na sede do comitê de campanha de Melchionna, e contou com a presença de Manuela D’Ávila, de seu vice, Miguel Rossetto (PT), além de representantes dos respectivos partidos.

No primeiro turno, Manuela ficou em segundo lugar, com 29% dos votos válidos. Ela foi superada por Sebastião Melo (MDB), com 31,01%. Por outro lado, ele é apoiado pelo atual prefeito, que ficou em terceiro, com 21,7% dos votos. Em quarto lugar na disputa, Juliana Brizola (PDT), contudo, ainda não definiu seu apoio.

Segundo Melchionna, que terminou em quinto lugar, com 4,34% dos votos, Melo representa os partidos de direita que vem governando Porto Alegre há 16 anos. Ela criticou a gestão atual pelos ataques aos direitos dos servidores públicos e por “negociatas” com cargos de confiança, além de desviar recursos em casos de corrupção.

“Não discutimos com a Manuela, com o Rossetto ou com os dirigentes do PCdoB a composição do governo ou cargos. A nossa discussão é sobre o programa que queremos para a cidade de Porto Alegre. Neste segundo turno, o Psol está comprometido a batalhar para derrotar a velha direita e para que a gente tenha um governo capaz de revogar todo o pacote de maldades feito pelo Marchezan”, afirmou ela.

Outro caminho

Manuela agradeceu o apoio e comemorou os resultados do primeiro turno das eleições. “Fazia muito tempo que não chegávamos lá. Sabemos das dificuldades. Enfrentamos um volume imenso de mentiras orquestrado pelo gabinete do ódio comandado pessoalmente pelo filho do presidente da República que declarou guerra a nossa candidatura, pelo que nós representamos socialmente: a ideia de que é possível desenvolver nosso país sem ódio e sem violência, garantindo que trabalhadores e trabalhadoras vivam com dignidade”.

Ela também acusou Melo e Marchezan de serem “da turma” que quer privatizar serviços públicos e retirar direitos dos idosos. Também denunciou a falta de políticas de habitação e as ações de despejo contra famílias pobres que moram em áreas públicas ocupadas. “Nosso desafio é mostrar para a população que se ela quer mesmo construir um outro caminho existe uma alternativa, aquela que nós representamos aqui juntos”.

Com informações do jornal Sul 21.


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