Progressistas em SP

Orlando Silva reforça urgência de projeto de redução das desigualdades em São Paulo

Candidato do PCdoB na capita paulista ressalta as chances do partido de ganhar as eleições para a prefeitura de Porto Alegre, São Luís e Salvador

Jennifer Glass/ Divulgação
Jennifer Glass/ Divulgação
Orlando Silva foi um dos entusiastas para o PCdoB lançar candidaturas próprias. Em Porto Alegre, Manuela D'Ávila lidera pelo partido a eleição

São Paulo – O candidato à prefeitura de São Paulo, Orlando Silva (PCdoB), afirmou neste domingo (15) que termina sua campanha “com a crença de que é necessário um projeto de redução das desigualdades” na capital paulista. Ao votar no Colégio Maria Imaculada, no bairro Paraíso, o candidato, que é também deputado federal, se disse impressionado com a quantidades de favelas que “continuam crescendo em São Paulo”. 

Ainda na manhã deste domingo, Orlando Silva participou de uma roda de oração no Jardim São Luís, na zona sul, de onde seguiu com sua companheira, Monique Lemos, e os filhos, ao local de votação. O deputado, que vestia uma camiseta com a frase “Vidas Negras Importam”, avaliou que o racismo motivou o que chamou de “invisibilidade” de sua candidatura. 

Críticas a Bolsonaro

De acordo com pesquisas eleitorais, Orlando tem cerca de 1% das intenções de votos no pleito municipal. “No Brasil, você tem temas que seguem ocultos apesar da gravidade. O racismo é um exemplo disso. Em uma candidatura com essa identidade e negra, essa invisibilidade também alcança”, disse o candidato ao Estadão

Orlando, contudo, rebateu a ideia de “voto útil”, que ganhou força para garantir um candidato de esquerda no segundo turno. E disse “compreender a tentativa de quem faz, mas eu não considero ser muito democrático”. O deputado, que foi um grande defensor de candidatura própria pelo partido, também ressaltou que o PCdoB lidera a corrida eleitoral em Porto Alegre, com Manuela D’Ávila, e em segundo turno de São Luís, com Rubens Pereira Júnior. “Sempre brinco que time que não joga não forma torcida”, declarou Orlando. 

Em debate realizado pela TV Cultura, na quinta (12), o candidato também não poupou de críticas o governo Bolsonaro, e foi um dos postulantes que nacionalizou a questão da covid-19. 

A mesma postura também teve a candidata Fernanda Melchionna (Psol) em Porto Alegre. Ao votar neste domingo, a também deputada federal reforçou suas críticas ao governo, vestindo uma camiseta com os dizeres “Fora Bolsonaro e Fora (Nelson) Marchezan”– atual prefeito da capital gaúcha. 

“Estamos com a expectativa de que essa eleição sirva para dar um basta na extrema direita, um recado das urnas”. Jilmar Tatto, candidato do PT em São Paulo, também ressaltou ao votar que o “maior derrotas” nestas eleições será Bolsonaro.