Segundo turno

Manuela D’Ávila: ‘Porto Alegre vai eleger sua 1ª prefeita para dizer não à velha política’

Ao votar, neste domingo (29), candidata do PCdoB, que lidera com 51% dos votos válidos, criticou campanha adversária marcada por mentiras e violência política, e garantiu que Porto Alegre “vai derrotar tudo isso”

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Manuela votou pela manhã acompanhado da filha Laura. Mais cedo, em encontro com aliados políticos, ela destacou que irá "vencer o gabinete do ódio"

São Paulo – Na liderança no segundo turno em Porto Alegre, a candidata Manuela D’Ávila (PCdoB) afirmou neste domingo (29) que a capital gaúcha elegerá a sua primeira prefeita da história “para dizer não à velha política e sim à esperança”. Ao votar, acompanhada de sua filha Laura, Manuela destacou sua honra em encerrar a campanha ao lado do vice, o ex-ministro Miguel Rossetto (PT), e com apoio do ex-deputado estadual Pedro Ruas (Psol) e das ex-candidatas Fernanda Melchionna (Psol) e Juliana Brizola (PDT). 

“Hoje a gente encerra uma campanha que foi marcada por muita violência política e mentiras. Mentiras distribuídas primeiro no submundo da internet e depois no mundo oficial, como vocês viram nos caminhões de som e mesmo ontem com a distribuição de uma pesquisa falsa até por parte da própria imprensa. Mas, hoje, Porto Alegre vai derrotar tudo isso. A nossa cidade vai construir um caminho novo. Um caminho inspirado na verdade em que vamos poder olhar para os nossos filhos e dizer que mentir não compensa”, declarou.

Neste sábado (29), seu adversário, o candidato Sebastião Melo (MDB) compartilhou, em seu Instagram, uma pesquisa falsa atribuída ao Datafolha, que o apontava com 54% das intenções de voto. À frente de Manuela, com 46%. O diretor de Pesquisas do instituto, Alessandro Janoni, desmentiu a informação. “O Datafolha não fez pesquisas eleitorais em Porto Alegre em 2020”, garantiu. 

Virada de votos

A notícia falsa foi também reproduzida pela emissora Band, que corrigiu o texto no final da noite deste sábado. No embate contra Melo, Manuela também precisou desmentir boatos propagados por caminhões de som de que “destruiria igrejas”. A candidata do PCdoB também liderou o ranking do InternetLab e da Revista Azmina como a postulante que mais recebeu ofensas no Twitter e Instagram. Com 90% dos ataques nestas redes, Manuela foi vítima de violência política de gênero. Usada para silenciar e negar os espaços de poder às mulheres.

Pesquisa Ibope, divulgada ontem (28), mostrou contudo uma virada de jogo para Manuela D’Ávila, que assumiu a liderança da disputa com 51% dos votos válidos. Pelo levantamento, o candidato do MDB teria 49%, ante os 54% que eram apontados em pesquisas anteriores.


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