São Paulo – Pesquisa Datafolha divulgada hoje (14) mostra estabilidade na disputa pela prefeitura de Recife (PE) em relação a levantamentos anteriores, com cenário indefinido. João Campos (PSB) mantém a liderança com 34% dos votos válidos, seguido por Marília Arraes (PT), com 25%. Mendonça Filho (DEM) aparece tecnicamente empatado com a petista, com 23%.

Na sequência, aparecem Delegada Patrícia (Podemos): 13%, Carlos (PSL): 2%, Coronel Feitosa (PSC): 2%, Marco Aurélio Meu Amigo (PRTB): 1%, Charbel (Novo): 1%. Thiago Santos (UP) e Claudia Ribeiro (PSTU) tiveram menos de 1% das intenções de voto.

O Datafolha também mediu a rejeição dos candidatos à prefeitura de Recife:

Delegada Patrícia (Podemos): 46%
João Campos (PSB): 35%
Coronel Feitosa (PSC): 33%
Mendonça Filho (DEM): 31%
Marília Arraes (PT): 29%
Carlos (PSL): 18%
Charbel (Novo): 18%
Thiago Santos (UP): 16%
Claudia Ribeiro (PSTU): 16%
Marco Aurélio Meu Amigo (PRTB): 15%
Não votaria em nenhum: 3%
Poderia votar em todos: 1%

Na simulações de segundo turno, o candidato do PSB lidera com 41% diante de 35% da candidata Marília, em relação aos votos totais. Contra Mendonça, Campos aparece com 48% e o ex-ministro tem 37%.

O Datafolha entrevistou 1.760 eleitores entre os dias 13 e 14 de novembro. A margem de erro é de 2  pontos percentuais para mais ou para menos, considerando um nível de confiança de 95%.

O legado de Miguel Arraes e as eleições no Recife

Em entrevista ao Jornal Brasil Atual desta sexta-feira, o cientista político Michel Zaidan, professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), avaliou que João Campos é visto como “mais inexperiente” e sofre com a segunda maior rejeição entre os candidatos, de acordo com os últimos levantamentos. Marília, “mais destemida”, de acordo com Zaidan, vem registrando crescimento consistente ao longo da campanha.

Ele também destacava que os candidatos apoiados pelo presidente Jair Bolsonaro – Delegada Patrícia (Podemos) e Coronel Feitosa (PSC) – têm patinado na preferência do eleitor. Segundo o cientista político, a única certeza é que o legado do ex-governador Miguel Arraes (1916-2005) sairá vitorioso. “Acho que ele ficaria muito satisfeito”, diz, “se pudesse ver a neta e o bisneto disputando o comando da capital pernambucana”.