Promessa é dívida

Boulos diz que vai cobrar dívida do Itaú para investir no renda solidária

Candidato afirmou em rede social que dinheiro de multa de R$ 3,8 bilhões por fraude fiscal pode ajudar a pagar projeto de renda solidária por um ano, caso seja eleito

Arquivo Mídia Ninja
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Boulos: “Itaú tem multa de R$ 3,8 bilhões com a prefeitura de São Paulo por fraude fiscal. Com esse valor, dá pra pagar um ano de renda solidária em São Paulo e ainda sobra!"

São Paulo – O candidato do Psol à prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos, afirmou neste sábado (31) em sua conta no Twitter que se vencer as eleições vai cobrar uma dívida de R$ 3,8 bilhões do Banco Itaú com a prefeitura da cidade.

“Itaú tem multa de R$ 3,8 bilhões com a prefeitura de São Paulo por fraude fiscal. Com esse valor, dá pra pagar um ano de renda solidária em São Paulo e ainda sobra! Vamos virar esse jogo!”, disse o candidato.

A notícia de que o banco foi multado nesse valor é de novembro de 2019. A gestão do tucano Bruno Covas (PSDB) multou o banco por fraude descoberta após a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) de sonegação tributária, realizada na Câmara Municipal. 

Segundo a Folha de S.Paulo, “o banco foi investigado por simulação de endereço em outro município, com objetivo de deixar de pagar impostos na capital paulista, desembolsando valor menor. Ainda cabe recurso administrativo e na Justiça”. 

Para efeito de comparação, o valor da multa que Boulos quer cobrar do Itaú é superior ao orçamento da Secretaria Municipal de Transportes de São Paulo para 2019, destacou o jornal à época. O orçamento total da cidade é de R$ 60 bilhões, lembrou ainda.

Em maio, a Folha revelou que o Itaú fechou acordo com a CPI, presidida pelo vereador Ricardo Nunes (MDB), se comprometendo a trazer operações de leasing e de cartões e a empresa Rede para São Paulo. Assim, a cidade passaria a arrecadar cerca de R$ 230 milhões em impostos.

Operações em Poá e Barueri

As operações do banco ficavam oficialmente nos municípios de Poá e Barueri, na Grande São Paulo. Em uma investigação para apurar suposta fraude fiscal por meio de simulação de endereço, parlamentares dizem terem encontrado prédios praticamente vazios nos endereços citados.

Em maio, o Itaú afirmou que as empresas estavam devidamente sediadas em Barueri e Poá e que o acordo atendeu ao anseio da Câmara e da prefeitura de aumentar a arrecadação.  Leia a reportagem.

Confira o post de Boulos:


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