Nova derrota

Oposição mantém pressão e PL 529 de Doria tem votação adiada de novo

Expectativa dos governistas era já ter votado o PL 529 no início da semana passada, mas oposição tem derrotado Doria desde então

PT Alesp
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Sem poder entrar na Assembleia Legislativa por causa da pandemia, manifestantes ficaram de fora pressionando os deputados

São Paulo – O governador João Doria (PSDB), autor do Projeto de Lei (PL) 529/2020, sofreu nova derrota no plenário da Assembleia Legislativa na noite desta quinta-feira (8). Como vem se repetindo desde a segunda-feira (28), os opositores do projeto conseguiram adiar a votação.

Doria não consegue apoio ao PL 529 nem pagando R$ 30 milhões por voto

“Essa noite derrotamos o governo mais uma vez. Os governistas tinham conseguido 48 assinaturas para a abrir a segunda sessão extraordinária. Mas convencemos o deputado Tenente Coimbra a retirar sua assinatura e derrubamos o quórum. O presidente não pode abrir a sessão extra e desconvocou a segunda”, relatou o líder do PT na Assembleia, deputado Teonilio Barba. “Vamos nos manter firmes na mobilização, nas conversas com os deputados.”

Tiro no pé

O coletivo Cientistas Engajados também comemorou. “O governo de SP não conseguiu passar o #PL529 que retira o dinheiro da pesquisa e fecha institutos e empresas públicas!”, escreveu nas redes sociais a integrante Mariana Moura. Para ela, o governo está tendo de recuar, admitindo retirar do texto as Universidades Estaduais (USP, Unicamp e Unesp) e a Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estados de São Paulo), que terão seus fundos especiais confiscados. E a Fundação para o Remédio Popular (Furp), Fundação Oncocentro de São Paulo (Fosp), Fundação Instituto de Terras de São Paulo (Itesp) e o Instituto de Medicina Social e de Criminologia (Imesc), que o governador pretende extinguir por meio do seu projeto.

“Como tínhamos advertido ao governo, este projeto é um tiro no pé. Retira a capacidade do Estado de lidar com a pandemia, de retomar o crescimento econômico e atender a população. Vamos manter a pressão para assegurar a existência do Instituto Florestal, do CDHU e da EMTU“, escreveu a ativista.

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