sobrevivência

Trabalhadores da agricultura familiar fazem ato em frente ao Congresso Nacional

Camponeses protestam contra vetos de Bolsonaro que tiraram de projeto de lei a assistência financeira aos trabalhadores durante a pandemia

CUT-DF/TWITTER
CUT-DF/TWITTER
Durante o ato, os camponeses da agricultura familiar levaram os alimentos que produzem na região e distribuem para a população

São Paulo – Centenas de trabalhadores do campo realizam um ato, desde a manhã desta quarta-feira (23), em frente ao Congresso Nacional, em Brasília. No Dia Nacional de Mobilização pela Agricultura familiar, eles reivindicam a derrubada dos vetos feitos pelo presidente Jair Bolsonaro ao Projeto de Lei 735.

Os vetos do presidente da República tiraram a assistência financeiras aos agricultores familiares para diminuir os impactos socioeconômicos durante a pandemia da covid-19. Os trabalhadores do campo afirmam que a lei foi desfigurada, após a reprovação do presidente em pontos chave que tratavam de concessão de auxílio emergencial aos trabalhadores.

Durante o ato, os camponeses da agricultura familiar levaram os alimentos que produzem na região e distribuíram para a população. A Confederação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar do Brasil (Contraf) tenta ser recebida pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP).

“Estamos aqui para mostrar as produções das famílias, das mãos calejadas dos agricultores familiares. Essa produção que trouxemos será distribuída solidariamente aos trabalhadores de Brasília e, ao mesmo tempo, queremos dialogar com o Congresso Nacional para que se paute, imediatamente, a derrubada do veto do PL 735, que não permite a continuidade do nosso processo de produção”, disse Marcos Rochinski, coordenador geral da Contraf.

O veto de Bolsonaro também impediu a aplicação do projeto que permitia o poder público comprar diretamente da agricultura familiar e doar os alimentos para as famílias mais pobres nas cidades. Além desta medida, também estendia o benefício do Auxílio Emergencial a esses trabalhadores e dava outras providências.

“Infelizmente, o presidente da República não entendeu o recado das ruas, dos agricultores familiares, nem do Congresso Nacional que aprovou a medida. Queremos ser recebidos pelo presidente do Senado para garantir a renda dos agricultores, mas também a comida na mesa da população, sem esses preços abusivos”, acrescentou Rochinski, ao lembrar do aumento do preço de grãos, como o arroz.


Leia também


Últimas notícias