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Mídia tradicional não aprendeu as lições do golpe de 1964, diz Cynara

Renato Rovai, da Fórum, acredita que os grupos da mídia vão com Bolsonaro até o fim, para entregar as riquezas do país

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"Irresponsabilidade tremenda", afirmou a jornalista sobre a atuação da mídia comercial nos últimos anos

São Paulo – A jornalista Cynara Menezes, do blogue Socialista Morena, afirmou que os veículos da imprensa tradicional, no Brasil, encontraram no ódio antipetista a fórmula para alcançar o poder. O plano era substituir o PT pelos aliados do PSDB. Mas a estratégia, baseada no apoio incondicional da mídia à Operação Lava Jato, fracassou, abrindo espaço para a ascensão do atual presidente Jair Bolsonaro.

Para ela, é hora dos grandes jornais e as principais redes de televisão do país fazerem, eles mesmos, a “autocrítica” que tento cobram dos políticos petistas. Já que essa fórmula baseada no ódio antipetista causou a destruição do país.

“Foi nefasto inclusive para esses meios de comunicação, que agora estão sentido na pele o que é viver num governo de tendências autoritárias, como é o governo Bolsonaro. Tinham apoiado o golpe de 64 e não aprenderam a lição. Acharam que, ao apoiar o golpe contra Dilma, a prisão do Lula e esse antipetismo ,que é ódio puro, iriam conseguir eleger alguém do PSDB. Só que o candidato deles só teve 4% na eleição”.

Cynara participou, junto com o diretor de redação da Revista Fórum, Renato Rovai, do 4º Mutirão Digital Lula Livre, neste sábado (29).

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Mais cético, Rovai afirmou que, apesar dos desentendimentos pontuais, o bloco da mídia tradicional vai com Bolsonaro até o fim. “A mídia é patrocinadora do golpe de 2016. A mídia é sócia desse governo. E esse governo vai continuar, se puder entregar as reservas do pré-sal e as empresas estatais do Brasil. Essa associação criminosa que se realizou com o golpe de 2016 ainda está em curso.”

Perseguição lavajatista

Nesse sentido, Rovai citou o caso do deputado federal Vander Loubet (PT-MS), para citar o conluio da mídia com a Lava Jato. Primeiro parlamentar que se tornou réu pelos procuradores de Curitiba, Loubet foi inocentado, por falta de provas, pela Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), na semana passada.

“Loubet teve 5 minutos no Jornal Nacional, quando foi acusado pela Lava Jato. E nem uma nota sequer quando foi absolvido.” O mesmo comportamento deve se repetir, segundo ele, caso venha a ocorrer a esperada anulação da condenação do então juiz Sergio Moro contra Lula.

Confira o 4º Mutirão Digital Lula Livre


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