Reflexão e protesto

‘Luto e luta’: ato nesta sexta terá homenagem a vítimas e protestos contra o governo

Estão programadas manifestações presenciais e paralisações de 100 minutos, um para cada mil vítimas

Divulgação
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Brasil se aproxima dos 100 mil mortos por covid-19. O movimento que denunciar a falta de ação do governo federal diante da maior crise da história

São Paulo – Em homenagem às vítimas da covid-19 e para protestar contra o governo, centrais sindicais e movimentos sociais fazem nesta sexta-feira (7) um dia de “luto e luta”. Amanhã o país poderá chegar à marca de 100 mil mortos em consequência da pandemia de covid-19. E os organizadores afirmam que boa parte poderia ser evitada se políticas corretas tivessem sido implementadas ainda no começo da crise.

Assim, o objetivo é promover manifestações e iniciativas que dialoguem com a sociedade sobre a política, considerada genocida, do governo Bolsonaro. Estão programados, inclusive, atos presenciais. Em São Paulo, por exemplo, haverá manifestação na Praça da Sé, a partir do meio-dia.

Além do ato em São Paulo, as atividades incluem concentração a partir das 14h em Recife, na Praça da Democracia, região central da cidade. Salvador terá manifestação em homenagem às vítimas da pandemia às 10h. Serão fixadas cruzes no Farol da Barra, um dos símbolos da capital baiana. Um ato ecumênico está marcado em Porto Alegre, às 11h, onde manifestantes soltarão 100 balões pretos em homenagem às vítimas.

Vida e emprego

São manifestações simbólicas, respeitando medidas de segurança, lembram as centrais e as frentes Brasil Popular e Povo sem Medo. Segundo o presidente da CUT, Sérgio Nobre, trata-se de um ação em defesa da vida e dos empregos.

“Nós alertamos no início da pandemia que se o governo não abraçasse a política de isolamento (…) o Brasil iria viver uma enorme tragédia. Infelizmente, o governo federal desprezou todos os nossos alertas, abriu mão de de coordenar todo esse processo”, afirmou, acrescentando que o país poderá atingir amanhã a “trágica marca” de 100 mil mortes. “Na maioria, trabalhadores pobres, a parte mais vulnerável da população.”

Assim, acrescenta o dirigente, o Brasil vive também uma “pandemia de demissões” atingindo principalmente as micro e pequenas empresas. Os movimentos propões paralisações de 100 minutos, um para cada mil vítimas da covid-19 e do descaso. “Para reflexão sobre o que está acontecendo, para homenagear aqueles que partiram e exigir uma mudança de rumo.”

Solidariedade

No momento em que o Brasil se aproxima dos 100 mil mortos pela covid-19, os movimentos destacam ainda a campanha de solidariedade Vamos Precisar de Todo Mundo. E convocam todos a participar de ações nas periferias do país, regiões mais afetadas pela crise. Em 100 dias de lançamento da campanha, criada para abrigar e dar visibilidade às ações solidárias desenvolvidas pelos trabalhadores, estudantes e voluntários, já foram doados mais de 3 mil toneladas de alimentos, entre produtos agroecológicos e cestas básicas, além de insumos.


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