#7deagostopelavida

Centrais e movimentos convocam população para Dia Nacional de Luta e Luto. Confira a programação

Atos e mobilizações simbólicas em todo o país vão denunciar o descaso e o despreparo de Jair Bolsonaro para seguir no comando do país, agravados pela pandemia de covid-19

Roberto Parizotti/CUT
Roberto Parizotti/CUT

São Paulo – Nesta sexta-feira (7), o grito “Fora, Bolsonaro! Pela vida e por empregos!” será ouvido em pelo menos 23 estados. É o lema do Dia Nacional de Luta pela Vida e dos Empregos, organizado pelas centrais, juntamente com as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo. O objetivo é  denunciar o descaso e a incapacidade de Jair Bolsonaro e seu governo no combate à pandemia do novo coronavírus e os erros da agenda econômica.

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As manifestações ocorrem na semana em que o país vai registrar 100 mil mortes causadas pela covid-19. E em homenagem às vitimas, os trabalhadores e trabalhadoras farão atos simbólicos, como a paralisação em fábricas do ABC por 100 minutos, a colocação de 100 cruzes em pontos de grande circulação de Maceió e Goiânia, a colocação de 100 faixas em Salvador, a exposição de 100 balões em Porto Alegre, entre outras ações. 

O ato nacional, com os presidentes das centrais sindicais, será ao meio-dia, na Praça da Sé, em São Paulo. Mas, de qualquer lugar do país ou do mundo, todos poderão participar. Pelas redes sociais, a hashtag principal e unitária da ação, será #7deagostopelavida. Confira também, no fim desta matéria , a lista de atos programados em todo o Brasil.

Tragédia e genocídio

“Temos que gritar que este governo não pode mais continuar no poder, por nossos direitos e por nossas vidas. E como não podemos fazer grandes atos de rua, como estamos acostumados, iremos fazer mobilizações simbólicas, que poderão consolidar um forte processo de mobilização e denúncia contra Bolsonaro. Porque ter 100 mil mortes é uma verdadeira tragédia e este governo é um genocida”, afirma a secretária-geral da CUT, Carmen Foro.

‘Luto e luta’: ato nesta sexta terá homenagem a vítimas e protestos contra o governo

Segundo Carmen, como a orientação é que se mantenha o isolamento social como única forma de reduzir o contágio, todos os atos programados para diversas cidades brasileiras ocorrerão seguindo os protocolos de segurança, como o uso de máscaras, e álcool em gel e evitando aglomerações.

As ações serão das mais diversas formas, desde colocar faixas em praças, ruas, locais de trabalho, até panfletagens e atos para dialogar com a sociedade e explicar por que continuar com Bolsonaro no poder vai piorar a situação de toda população. “Nós jamais podemos ser indiferentes com as mortes que aconteceram nestes últimos cinco meses. As vidas que foram tiradas são responsabilidade de um governo que não tem nenhum compromisso com a vida e nem com a classe trabalhadora. Nós também vamos denunciar a insuficiência de auxílio financeiro, o descaso com o desemprego, a falta de política para garantir renda e trabalho e as atrocidades de Bolsonaro contra o povo durante a maior pandemia da história”, ressaltou.

Cem minutos de paralisação

Em diversas fábricas do ABC paulista, os trabalhadores farão 100 minutos de paralisação em homenagem às vítimas da pandemia. Além disso, diretores do Sindicato dos Metalúrgicos rão alertar a categoria sobre a importância do “Fora, Bolsonaro!” para conter a disseminação do coronavírus e evitar que o país siga registrando milhares de mortes diariamente.

“Esse 7 de agosto, essa mobilização, é na verdade um dia de muita tristeza. Mas é preciso lembrar, chamar a atenção para o que está acontecendo no nosso país. Não queremos, de forma alguma, ter de realizar mais tarde um novo ato por 200 mil mortes”, disse o secretário-geral do sindicato, Moisés Selerges. “Falta seriedade do governo para discutir e enfrentar essa situação, seriedade perante aquilo que é mais caro, mais importante a todos nós, que é a vida”, completou.

Confira os atos e protestos em São Paulo

Capital

Praça da Sé: às 12h será iniciado o ato nacional, com a participação dos presidentes das centrais sindicais, e uma ação ecumênica em homenagem aos brasileiros que perderam a vida nesta pandemia.

Já às 16h, os trabalhadores da saúde e demais categorias farão uma caminhada pelo chamado Quarteirão da Saúde, com concentração em frente à nova sede do SindSaúde-SP, na Rua Teodoro Sampaio, 483 (próximo ao Metrô Clínicas).

Diversas ações, organizadas pelas centrais e as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, ocorrem em diversas cidades do estado.

O ato em Campinas será no Largo do Rosário, no centro da cidade, com início às 17h30. Os organizadores pedem para que, aos que não puderem comparecer, coloquem um pano preto nas janelas em sinal de luto.

Em Osasco, a manifestação simbólica será às 12h30 no Largo de Osasco, no centro.

Já no ABC, o Sindicato dos Metalúrgicos homenageará as 100 mil vítimas com a paralisação e manifestação interna, durante 100 minutos, nas montadoras Mercedes-Benz e Scania. Nas autopeças ZF e Rassini também haverá protestos simbólicos nos locais de trabalho. Em seguida, dirigentes do sindicato irão para o ato das centrais, na Sé.

Parte da categoria se une ao ato que será realizado em Santo André, na Rua Coronel Oliveira Lima, no centro. Em Diadema também terá ato, às 7h da manhã, com concentração em frente ao posto da Avenida Prestes Maia, 902, no centro.

Na Baixada Santista, o ato será na Praça Barão, em São Vicente, às 15h. Em outras regiões do estado, estão previstas carreatas e paralisações de outras categorias nos locais de trabalho.

Confira a agenda nas demais capitais

Maceió

Em Maceió, a partir das 7h, cruzes e faixas serão colocadas em passarelas na Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e no centro Educacional de Pesquisa Aplicada (Cepa).

As centrais farão uma mobilização de rua no centro de Maceió e farão um ato na Praça dos Martírios, com faixas e cruzes, às 9h.

Macapá

A partir das 7h , uma manifestação das mulheres contra o feminicídio, que só cresceu com o isolamento social na pandemia, ocorre na Ponte do Igarepé da Fortaleza, divisa entre Macapá e Santana.  

As centrais sindicais farão uma carreata a partir das 15h. A concentração será em frente ao Hospital de Emergência.

Mobilização para se solidarizar com os profissionais da saúde terá 100 cruzes brancas simbolizando as quase 100 mil mortes pela covid-19 no Brasil e os mais de 500 óbitos no Amapá. A CUT-Amapá está propondo que dirigentes sindicais se vistam de preto.

Salvador

Serão colocadas faixas nas principais vias da capital da Bahia para simbolizar as vítimas da covid-19. Às 7h haverá ato simbólico no Farol da Barra, ponto turístico da cidade.

A CUT-Bahia vai promover três lives e transmitir ao vivo o acompanhamento dos atos também em outras cidades do estado, às 8h, 14h e 19h.

A central orienta que cidades no Interior da Bahia escolham um local de ampla visibilidade nas cidades e também façam atos, com faixas, cartazes, cruzes, tecidos em janelas, bandeiras de cor preta para simbolizar o luto pelo número de mortos pelo novo coronavírus. Também convoca a publicação de postagens em redes sociais das entidades, e ações como carreatas, buzinaços e apitaços, entre outras.

Fortaleza

Em frente ao Hospital da Mulher, no Bairro Jóquei Clube, às 7h, será realizado o ato “Em dessa da vida, por mais serviços públicos”. O protesto é coordenado pelo Fórum Conexão Saúde, que reúne entidades sindicais que atuam com servidoras e servidores públicos da saúde nas três esferas da administração pública. .

Já no Vila do Mar, próximo ao Polo de Lazer da Barra do Ceará, está programada a concentração da carreata “Fora Bolsonaro”. a partir das 16h. A mobilização percorrerá os bairros da região em defesa da vida e pela solidariedade aos milhões de brasileiros e brasileiras que enfrentam a tragédia sanitária, social e econômica do Brasil.

Distrito Federal

Como os casos e mortes pela covid-19 aumentaram muito nos últimos dias em Brasília, haverá apenas um ato simbólico, na Rodoviária do Plano Piloto, das 7h às 9h. A CUT levará faixas denunciando o desgoverno de Bolsonaro.

Vitória

A capital capixaba terá uma carreata “Fora, Bolsonaro!” e “Fora, Mourão1”, com concentração às 8h, no Tancredão. Saída às 10h.

Goiânia

As entidades sindicais e movimentos que compõem o Fórum Goiano em Defesa dos Direitos, da Democracia e Soberania convocam um ato simbólico. Será na Praça Cívica, às 15h.

A ideia é parar locais de trabalho na capital goiana durante 100 minutos, em homenagem aos quase 100 mil mortos, às famílias e amigos que perderam entes queridos, e àqueles que lutam neste momento para sobreviver.

São Luís

A CUT e demais centrais sindicais vão lançar uma campanha de Doação de Sangue durante este Dia Nacional de Lutas. O ato “Eu doo sangue! Eu defendo a vida! Eu sou “Fora, Bolsonaro!” será realizado em frente à Hemomar (centro de coleta de sangue) localizada no Bairro da Jordoa, na capital do Maranhão.

O dia também será em memória das quase 100 mil vítimas da covid-19 no país.

Cuiabá

Ato, no centro da capital de Mato Grosso, ocorre na Praça Ulisses Guimarães, a partir das 8h.

Campo Grande

O ato pelo “Fora, Bolsonaro! – em Defesa da Vida e dos Empregos” será na Avenida Afonso Pena, esquina com a Rua 13 de Maio, a partir das 8h.

Belo Horizonte

Ato Simbólico em Defesa da Vida e dos Empregos, a partir das 11h, na Praça da Estação, região central da capital mineira.

A direção do Sindicato dos Servidores e Empregados Públicos de Belo Horizonte (Sindibel) participa do ato, com o lema “Nenhuma vida a menos”. Vestidos de preto, ativistas vão fixar cerca de mil cruzes pela Praça da Estação, simbolizando as 100 mil mortes.

Para os profissionais dos serviços essenciais, que não podem deixar seu posto de trabalho, o Sindibel pediu que utilizem uma peça de roupa ou detalhe da cor preta. Dessa forma, mostrarão sua indignação perante o descaso com a saúde da população e dos trabalhadores pelo governo Bolsonaro e sua política econômica.

Belém

A capital paraense terá ato simbólico das 10h às 12h, em frente ao Mercado de São Brás. O Sindicato dos Bancários fará uma live sobre o tema, às 15h, que será transmitida pela página da entidade no Facebook e no Youtube.

João Pessoa

Um carro de som percorrerá pela manhã algumas ruas da periferia da cidade, levando a mensagem do Dia Nacional de Luta em Defesa da Vida e dos Empregos. Ainda pela manhã haverá o “Amanhecer com Fora, Bolsonaro”. Manifestantes colocarão panos pretos em suas janelas, em protesto contra as mortes.

Junto com as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, a CUT-Paraíba vai participar de um ato, chamado pelos trabalhadores dos Correios, em frente à sede da estatal em João Pessoa para denunciar também a privatização e os ataques aos trabalhadores e trabalhadoras. Esta atividade está prevista para as 7h30.

Também haverá mobilização nas redes, além de mensagens nas rádios e TVs locais explicando o porquê do “Fora, Bolsonaro!”.

Curitiba

As 8h, no Centro Cívico, sindicalistas, partidos e movimentos sociais que integram a Frente Brasil Popular fixarão cruzes de madeira para simbolizar a homenagem aos mortos pela pandemia e denunciar a perversidade da política econômica de Bolsonaro, que retira direitos e renda dos trabalhadores.

Em Maringá, a partir das 11h30, ocorre um ato, no Aeroporto Velho, contra a reabertura das escolas.

Recife

A CUT Pernambuco, movimentos sociais, populares e estudantis farão uma mobilização, a partir das 14h, na Praça do Derby, área central do Recife. Estão programado balões pretos, faixas, banners e cartazes. Durante todo o dia ocorrerão várias ações em redes sociais e nas ruas em favor do impeachment de Bolsonaro.

Teresina

A CUT Piauí estará com carro de som nas ruas do centro e bairros fortalecendo o Dia Nacional de Mobilização “Fora Bolsonaro. Também atuará nas redes sociais e orientaram a classe trabalhadora do estado a colocar pano preto simbolicamente em suas casas ou prédios.

Das 12h às 14h, o presidente da central, Paulo Bezerra, estará divulgando o dia de mobilização na rádio Programa Revista Popular Sindical.

Rio de Janeiro

O grande ato dos cariocas será no Monumento dos Pracinhas, no Aterro do Flamengo, no final da tarde. Também haverá um ato virtual dos movimentos feministas, às 14h30, pelos canais da CUT Rio. Uma live com representantes das centrais sindicais fluminenses está marcada para as 10h.

Haverá nova edição do programa Marmita Solidária, dentro da programação do Dia Nacional de Lutas Fora Bolsonaro, organizado pelas centrais, sindicatos e movimentos sociais. A partir das 11h, no Armazém do Campo (Avenida Mem de Sá, 135, bairro da Lapa), serão preparadas 300 refeições com alimentos agroecológicos produzidos pela agricultura familiar nos assentamentos organizados pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST)

Natal

Ato “Fora, Bolsonaro” será no Midway Mall, às 16h.

Porto Alegre

A capital gaúcha fará um ato pelo Dia Nacional de Luta e Luto com um culto ecumênico, das 11h ao meio-dia. Em seguida, os manifestantes soltarão 100 balões pretos em homenagem as 100 mil vítimas da covid-19 e colocarão faixas alusivas ao Dia Nacional de Luta em Defesa da Vida e dos Empregos.

Haverá também atos regionais no interior do estado, como no Largo Dr. Pio, às 10h, em Rio Grande, e na Praça Dante Alighieri, às 11h, em Caxias do Sul, ambos já confirmados.

Porto Velho

Panfletagem e faixas na capital rondonense. A CUT Rondônia também fará um tuitaço exigindo “Fora Bolsonaro!”.

Florianópolis

Organizada pela CUT, CTB e Intersindical, o maior ato público do dia de luta em Santa Catarina será a partir das 10h, na Fundação Catarinense de Cultura (CIC). Os manifestantes sairão em carreata com faixas e cartazes até o Centro Administrativo do Governo do Estado. Na chegada, os participantes irão soltar balões preto como símbolo de luto pelas vítimas do coronavírus no país.

Aracaju

A CUT Sergipe, em conjunto com outras centrais, vai realizar ato público às 8h na Praça General Valadão, no centro da capital. Serão fixadas 100 cruzes e será realizado o São João de Luto, com bandeirolas pretas, em homenagem às vidas perdidas pela covid-19 no Brasil.

Divulgação
Brasil se aproxima dos 100 mil mortos por covid-19. O movimento que denunciar a falta de ação do governo federal diante da maior crise da história

Edição RBA: Fábio M. Michel


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