Mudanças

Aras quer mudar Lava Jato e tirar liderança de Dallagnol, afirma jornal

Operação terá seu futuro decidido em setembro, quando o procurador-geral terá que decidir se prorroga ou extingue a força-tarefa

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De acordo com a AGU, não caberia ao Judiciário direcionar recursos públicos

São Paulo – O procurador-geral da República, Augusto Aras, quer dividir a força-tarefa da Lava Jato no Paraná em quatro partes, o que tiraria a liderança de Deltan Dallagnol sobre a operação. A informação foi publicada pela jornalista Mônica Bergamo, na Folha de S.Paulo, nesta sexta-feira (31).

A operação terá seu futuro decidido em setembro, quando Aras terá que decidir se prorroga ou extingue a força-tarefa. Segundo as informações publicadas, o procurador-geral deve mantê-la, mas com mudanças. O objetivo de Aras seria acabar com o “lavajatismo” e seus “líderes”, sem encerrar a Lava Jato.

Atualmente, há uma vara na Justiça, liderada por Dallagnol, que cuida do combate à corrupção. Com a possível mudança proposta por Aras, seriam criadas outras três para atuar na mesma área. A mesma divisão ocorreria nas forças-tarefa de São Paulo e do Rio de Janeiro.

Lava Jato questionada

Na última terça-feira (28), Aras afirmou que a força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba tem os dados de 38 mil pessoas e funciona como uma “caixa de segredos”. Segundo ele, a operação tem mais dados armazenados do que todo o sistema do Ministério Público Federal.

“Curitiba tem 38 mil pessoas lá com seus dados depositados. Ninguém sabe como foram escolhidos, quais os critérios, e não se pode imaginar que uma unidade institucional se faça com segredos, com caixas de segredos. Nenhuma instituição”, afirmou.