"Grande dia"

Moraes manda incluir período eleitoral na quebra de sigilo de Luciano Hang e outros

Ministro quer saber se empresários bancaram a produção e disparo de notícias falsas para prejudicar a candidatura de Fernando Haddad em 2018

Carlos Moura/SCO/STF
Carlos Moura/SCO/STF
Decisão de Moraes se refere a dados financeiros de julho de 2018 a abril de 2020, que abrange boa parte do período da campanha eleitoral de 2018

São Paulo – O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou hoje (27) a inclusão de parte do período da campanha eleitoral de 2018 na quebra do sigilo bancário e fiscal de Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan, e de outros empresários apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, suspeitos de financiar uma rede de fake news.

A decisão se refere a dados financeiros de julho de 2018 a abril de 2020, o que abrange boa parte do período da campanha eleitoral que levou Bolsonaro ao poder. O objetivo é apurar se estes empresários bancaram a produção e o disparo em massa de notícias falsas durante a campanha e o impacto negativo de peças como o “kit gay” e a “mamadeira de piroca”, na candidatura de Fernando Haddad (PT), adversário de Bolsonaro no segundo turno

No ano passado, em depoimento à Polícia Federal,  Hang negou participação no esquema.

Em operação deflagrada pela Polícia Federal na manhã de hoje, Moraes também determinou a quebra do sigilo bancário de Edgard Corona, proprietário das academias Bio Ritmo e Smart Fit, o humorista Reynaldo Bianchi Junior e o militante Winston Rodrigues Lima.

Para o ministro, a estrutura aparentemente estaria sendo financiada por empresários que, conforme os indícios constantes dos autos, atuaria de maneira velada, fornecendo recursos para os integrantes dessa organização que ele chamou de criminosa.


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