Queda de popularidade

Datafolha: 43% acham governo Bolsonaro ruim ou péssimo. Rejeição é recorde

É o pior índice de aprovação de presidentes desde 1989 a esta altura de um primeiro mandato

Marcello Casal Jr./EBC
Marcello Casal Jr./EBC
Bolsonaro é mais rejeitado no Nordeste, onde 48% veem seu governo como ruim ou péssimo

São Paulo – Pesquisa Datafolha divulgada no início da tarde desta quinta-feira (28) mostra que a rejeição ao governo de Jair Bolsonaro atingiu seu maior índice desde o início da gestão. O percentual de entrevistados que consideram o governo ruim ou péssimo subiu de 38%, no levantamento de 27 de abril, para 43%.

O instituto realizou a sondagem na segunda e terça-feira (25 e 26), com entrevistas por telefone, após a divulgação do vídeo da reunião ministerial. Foram ouvidas 2.069 pessoas, com margem de erro de 2 pontos percentuais. Aqueles que consideram a gestão ótima ou boa permanecem no patamar da pesquisa anterior, 33%. O índice dos que consideram o governo regular caiu de 26% para 22%. E 2% não souberam responder.

De acordo com a série histórica do Datafolha, Bolsonaro tem o pior índice de aprovação de presidentes desde 1989 a esta altura de um primeiro mandato. Fernando Collor tinha 41% de rejeição quase no mesmo período, com um ano e seis meses à frente da Presidência.

Em termos de renda, o governo tem seus maiores índices de reprovação e também de aprovação entre os que possuem renda familiar de mais de 10 salários mínimos. São 49% nesta faixa que acham a gestão Bolsonaro ruim ou péssima, e 42% os que a consideram ótima ou boa.

O Datafolha indica que o vídeo da reunião ajudou a aumentar a rejeição ao presidente. Entre os que dizem ter assistido ao encontro de 22 de abril, 55% reprovam o governo. E subiu de 28% para 37% os que acham que Bolsonaro nunca se comporta de forma adequada no cargo, enquanto os que acreditam que ele se comporta mal na maioria das vezes se mantiveram em patamar estável, oscilando dentro da margem de erro, de 25% para 23%.

Bolsonaro é mais rejeitado no Nordeste, onde 48% veem seu governo como ruim ou péssimo, seguido do Sudeste, região em que 45% avalia sua gestão desta forma.