Construção

Na Alemanha, Lula se reúne com deputados e lideranças sindicais contra a desigualdade

Além dos debates com lideranças políticas internacionais, ex-presidente vai participar de encontro com membros dos comitês Lula Livre

Ricardo Stuckert
Ricardo Stuckert
Lula está em viagem para debater a desigualdade social e construir uma articulação mundial para enfrentar o problema

São Paulo – O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reúne hoje (09) com deputados do Partido Social-Democrata da Alemanha (SPD), para dar sequência aos encontros para a construção de uma articulação internacional para enfrentar as desigualdades sociais no mundo. “Ontem tivemos uma reunião com o presidente da Fundação Friedrich Ebert. Hoje à tarde temos uma reunião com sindicalistas do maior sindicato de metalúrgicos alemão. Nos próximos dias teremos encontros com outras lideranças de partidos de esquerda e também com o público em geral, nos atos dos comitês Lula Livre”, contou Valter Sanches, secretário-geral do Industriall Global Union – federação internacional dos trabalhadores na indústria –, que acompanha o ex-presidente.

A agenda de Lula na Europa começou no dia 1º, na França, onde Lula encontrou, entre outras pessoas, os ex-presidentes François Hollande e Nicolas Sarkozy. Ele também esteve com o economista Thomás Piketty, do Laboratório da Desigualdade. Depois esteve em Genebra, na Suíça, em reunião com sindicatos globais, com o conselho mundial de igrejas e com o diretor-geral da Organização Mundial do Trabalho (OIT), Guy Ryder. Antes, em fevereiro, Lula esteve com o Papa Francisco.

“O Lula realmente mobiliza muita solidariedade. E a questão da desigualdade que ele põe no centro da agenda teve muita receptividade, sobretudo no conselho mundial de igrejas, mas também com o diretor-geral da OIT. E aqui na Alemanha não está sendo diferentes e Lula está propondo uma grande articulação mundial para combater a desigualdade”, disse Sanches, em entrevista à Rádio Brasil Atual.

Segundo Sanches, os encontros de Lula com lideranças europeias têm despertado muito interesse. Sobretudo em um período em que o mundo carece de lideranças. “Quando Lula estava na presidência você tinha lideranças como o ex-presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, os ex-presidentes frenceses François Hollande e Nicolas Sarkozy, que eram líderes que buscavam entendimento internacional. Hoje o mundo carece dessas lideranças. E as que estão aí, como a primeira-minsitra alemã, Angela Merkel, estão enfraquecidas”, avaliou.

Ontem (8), o ex-presidente Lula gravou um vídeo no memorial de Rosa Luxemburgo, em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, endereçado às militantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), que estão reunidas no seu primeiro encontro nacional. “Eu sei o que ela simboliza na luta das mulheres, na luta pela igualdade, na luta contra a violência contra a mulher. A luta do povo no mundo inteiro, e sobretudo a luta das mulheres, é uma luta que não tem limite. Nós vamos ter que lutar todo dia, toda hora, porque todo dia nós temos que conquistar mais liberdade e mais direitos”, disse Lula.