Decisão

Acusados de assassinar Marielle e Anderson têm de ir a júri popular

Decisão foi de juiz da 4ª Vara Criminal do Rio. Para ele, há prova dos crimes. Defesa dos réus pode recorrer

Reprodução Twitter Luduvicu
Reprodução Twitter Luduvicu
Escadaria em Pinheiros, em São Paulo: em vários locais, a lembrança do crime ainda sem punição

São Paulo – O policial reformado Ronnie Lessa e o ex-policial Elcio Queiroz, acusados pela morte da vereadora carioca Marielle Franco (Psol) e do motorista Anderson Gomes, irão a júri popular. A decisão foi proferida nesta terça-feira (10) pelo juiz Gustavo Kalil, da 4ª Vara Criminal do Rio de Janeiro. Cabe recurso.

Os réus respondem por homicídio triplamente qualificado. Segundo Kalil, a qualificação de homicídio doloso – quando existe intenção de matar – foi dada porque os dois agiram por motivo torpe, fizeram uma emboscada e dificultaram a defesa das vítimas. “No mérito, de início, quanto aos crimes dolosos contra a vida, há provas de materialidade dos dois crimes de homicídio consumado, em detrimento das vítimas fatais Marielle e Anderson”, declarou o juiz.

Ele manteve a prisão preventiva de Lessa e Queiroz – eles estão presos há um ano, em penitenciárias de segurança máxima. A defesa dos dois pediu absolvição, afirmando não haver indícios suficientes para apontá-los como autores do crime, que completará dois anos no próximo sábado (14).

O duplo assassinato ocorreu no bairro do Estácio, região central do Rio. Marielle havia saído de evento na Lapa, e o carro onde estava foi emparelhado com um veículo, do qual foram efetuados vários disparos, atingindo o motorista e uma assessora, que sobreviveu.

Passados quase dois anos de um crime que ainda repercute no Brasil e no exterior, a pergunta sobre os mandantes continua sem resposta.


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