Em nota, PT manifesta solidariedade ao governador Camilo Santana
Ação dos grupos que promovem o motim “é ostensivamente estimulada por agentes públicos criminosos”, diz o partido
Publicado 21/02/2020 - 18h45
São Paulo – Em nota divulgada no final da tarde, o PT manifesta solidariedade ao governador Camilo Santana, do Ceará, estado onde “a população está vivendo as graves consequências” do motim de policiais e que resultou em “alarmante aumento do número de homicídios e outros crimes”.
Entre 6h de quarta-feira (19) e 6h desta quinta (20), foram registrados 29 assassinatos no Ceará, segundo a Secretaria Estadual de Segurança Pública. Antes, de 1º de janeiro a 18 de fevereiro de 2020, a média foi de seis homicídios por dia. Com 17 assassinatos, o dia 18 de janeiro havia sido o mais violento do ano.
“O governo de Camilo Santana continua mantendo diálogo democrático com representantes dos policiais”, diz o partido.
De acordo com o PT, a ação dos grupos que promovem o motim “é ostensivamente estimulada por agentes públicos irresponsáveis e criminosos, identificados com o discurso e as práticas fascistas do governo federal de extrema-direita”.
Embora não o cite, o partido se refere ao Sargento Ailton (Solidariedade), um dos líderes do movimento no quartel da Polícia Militar onde o senador Cid Gomes (PDT-CE) foi baleado na quarta-feira (19). “São grupos que agem como bandidos, não como policiais.” O Solidariedade anunciou, nesta sexta, a expulsão de Ailton da legenda.
Na nota, o PT se solidariza com Cid Gomes, a quem deseja “pronta recuperação”. Mais cedo, a presidenta da agremiação, deputada Gleisi Hoffmann (PR), em pronunciamento nas redes sociais, afirmou ser “assustadora” a justificativa do presidente Jair Bolsonaro ao “atentado” contra o ex-governador. O chefe do Executivo disse que os atiradores agiram “em legítima defesa”.