Queimado

Justiça de São Paulo determina quebra de sigilos do ministro Ricardo Salles

Ministério Público paulista investiga suposto enriquecimento ilícito do ministro do Meio Ambiente, no período em que ele serviu ao governo Alckmin

Marcos Corrêa/PR
Marcos Corrêa/PR
Em SP, o Ministério Público investiga suposto enriquecimento de Salles enquanto atuou no governo de Geraldo Alckmin (PSDB)

São Paulo – A Justiça de São Paulo determinou a quebra do sigilo fiscal e bancário do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, no âmbito de uma investigação do Ministério Público estadual (MP-SP) por suspeita de enriquecimento ilícito.

O objetivo da investigação é apurar como Salles conseguiu fazer seu patrimônio saltar de R$ 1,4 milhão, em 1012, para os declarados R$ 8,8 milhões em 2018. No período, ele alternou a atividade de advogado com cargos no governo paulista – foi secretário particular do governador Geraldo Alckmin de 2013 a 2014, e Secretário do Meio Ambiente, também de Alckmin, de 2016 a 2017.

Em 2012, quando foi candidato a vereador pelo PSDB, ele declarou possuir R$ 1,4 milhão em bens, a maior parte em aplicações financeiras, além de 10% de um apartamento, um carro e uma moto. Já em 2018, quando candidatou-se a deputado federal pelo Novo, seu patrimônio declarado foi de R$ 8,8 milhões: dois apartamentos avaliados em R$ 3 milhões cada, além de R$ 2,3 milhões em aplicações e um barco, de R$ 500 mil. Alta de cerca de 500% em cinco anos.

O MP-SP já havia solicitado os dados do ministro em duas ocasiões, mas os pedidos haviam sido negados pela Justiça. Salles nega irregularidades em suas contas. “Todos os meus rendimentos e bens foram declarados por mim mesmo. Não tenho receio acerca da análise dos dados.”

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