Justiça

Lula reafirma que não vai barganhar liberdade com subterfúgios jurídicos, diz padre

Encontro de hoje marcou a retomada das visitas religiosas, que haviam sido proibidas pela juíza federal Carolina Lebbos Moura e foram liberadas pelo TRF4

Claudio Kbene
Claudio Kbene
'Que logo ele possa andar pelo Brasil para salvaguardar a riqueza do nosso país', afirmou o padre Costella

São Paulo – O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou nesta sexta-feira (4) “que não vai barganhar sua dignidade com subterfúgios jurídicos”, relatou o padre Domenico Costella, que visitou o petista na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba. O encontro desta tarde marcou a retomada das visitas religiosas, que haviam sido proibidas em janeiro pela juíza federal Carolina Lebbos Moura. Esse direito foi restabelecido pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), mas estava sendo ignorado pela PF.

Representante da Congregação dos Xaverianos, Costella foi à Vigília Lula Livre depois da visita ao ex-presidente. “Nós batemos um papo, eu o cumprimentei pelo recebimento do título de cidadão honorário de Paris“, disse o padre, que já havia visitado Lula no final do ano passado – e o achou melhor agora, ainda mais firme em busca da comprovação de sua inocência. ” É claro que dá revolta, mas vamos torcer para que ele possa ganhar a liberdade e que a justiça faça justiça e não juízo político.  Ele é um preso político, todo mundo já sabe disso, sobretudo depois da Vaza Jato”, afirmou referindo-se às revelações do site The Intercept que envolvem integrantes da força-tarefa da Operação Lava Jato.

O religioso deixou uma mensagem de esperança na conversa com os integrantes da Vigília. “Que logo ele possa andar pelo Brasil para salvaguardar a riqueza do nosso país. A maior riqueza do nosso país é o nosso povo, de todas as raças e todas as línguas. E vamos lembrar que Lula sempre mostrou profundo respeito pelo povo brasileiro.”

Lula já recebeu visitas de representantes de diversas religiosas. Estiveram em Curitiba a monja Cohen, pai Caetano de Oxóssi, frei Sérgio Görgen, rabino Jayme Fucs e o pastor Ariovaldo Ramos.

Com informações da Agência PT de Notícias