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Agressão a José Guimarães ‘é mais um ataque da extrema-direita colérica’, diz Gleisi

Deputado foi alvo de ataques verbais por mais de 20 minutos em avião. Agressor será processado nas esferas criminal e cível

Luis Macedo/Câmara dos Deputados
Luis Macedo/Câmara dos Deputados
"Agressão não é ao deputado Guimarães, é contra aqueles que defendem o Estado de direito", diz parlamentar

São Paulo – Em nota divulgada no final da tarde de hoje (1º), a presidenta do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), afirmou que o episódio de agressão verbal ao deputado federal José Guimarães (PT-CE) configura “mais um ataque da extrema-direita colérica, contra um parlamentar que ao longo dos anos vem defendendo a democracia e os direitos do povo”. A deputada afirmou que o agressor responderá, na esfera criminal, pelos crimes contra a honra (injúria, calúnia e difamação) e, no âmbito cível, por constrangimento e humilhação.

Guimarães informou na tarde de hoje que denunciou o agressor, Gilberto Alves Júnior, pelos ataques com xingamentos por 20 minutos num voo de Fortaleza a Brasília na noite da segunda-feira (30). Gilberto ainda filmou as agressões que Guimarães ouviu em silêncio, só informando que abriria um processo criminal contra o agressor. O inquérito vai tramitar na Polícia Federal de Brasília.

“Estamos tomando outras providências no estado do Ceará com meu advogado. É importante frisar que essa agressão não é ao deputado Guimarães, é contra aqueles que defendem o Estado de direito, a democracia e os direitos do povo”, disse o deputado. “Não é a agressão de um fascista que vai nos fazer recuar.”

O agressor se disse amigo do juiz federal Vallisney de Oliveira, de Brasília, e por isso afirmou não ter medo. “Você roubou um trilhão (sic) do Brasil, quer entrar com processo contra mim?”, desafiou o homem, ainda no avião.

Já em Brasília, Guimarães registrou a ocorrência em um Termo de Declarações à Polícia Federal. O agressor também foi ouvido e confirmou as ofensas. Na presença dos policiais, aceitou pedir desculpas e apagar a gravação, informando que não havia postado nas redes sociais. Assim, todos foram liberados. O vídeo, no entanto, já havia sido compartilhado, o que foi descoberto mais tarde.

“Somos contra esse ódio destilado na sociedade brasileira. Não vou recuar um milímetro da nossa luta pelos direitos do povo. É claro que a gente corre risco, mas esse risco vale muito, porque a resistência é a nossa toada. Temos que vencer esse ódio”, reforça o deputado.

À PF foi solicitado, ainda, que apure eventual crime contra segurança do transporte (crime de ação penal pública), tipificado pelo Código Penal, esclareceu Gleisi na nota. O partido informou ainda que estuda medidas possíveis contra pessoas que utilizarem os vídeos nas redes sociais para incitar agressões semelhantes contra parlamentares.

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