Análise

Os pecados da Vaza Jato não seriam possíveis sem os pecados da mídia

Acompanhe a análise de Roseli Figaro (ECA-USP), Carlos Eduardo Lins da Silva (Insper) e Ricardo Carvalho (ABI)

São Paulo – Os jornalistas e professores Carlos Eduardo Lins da Silva e Roseli Figaro comentam, ao lado de Ricardo Carvalho, integrante da nova diretoria eleita da Associação Brasileira de Imprensa, a responsabilidade da mídia no processo de satanização da política, um dos principais componentes da ascensão do populismo de extrema-direita no Brasil.

O trio participou ontem de debate no estúdio do programa Bom pra Todos, da TVT. Para Lins da Silva, é cômodo, mas deletério dizer que todo político e corrupto e que ninguém presta, estimulando clamores como fechamento do Congresso. “Esse talvez seja o maior pecado dos jornalistas e dos veículos de comunicação. E muitos colunistas submetidos aos donos dos jornais fizeram isso também”, afirma.

Roseli Figaro relativiza o papel da imprensa na produção de “verdades” e considera que os veículos são parte de um complexo de (re)produção de um pensamento hegemônico, sem no entanto deixar de apontar a responsabilidade social e política dos meios de comunicação. Assista ao trecho: