Velha política

Para presidente da CUT-SP, votação comprada da Previdência é ‘dia da vergonha’

Manifestação na Paulista protesta contra atropelo por parte do governo e Congresso em votar reforma cujas consequências o povo desconhece

Cadu Bazilevski
Cadu Bazilevski
E preciso disputar a opinião pública e seguir trabalho de base nas periferias, diz deputado estadual Carlos Giannazi (Psol)

São Paulo – Centenas de trabalhadores estiveram na Avenida Paulista para rechaçar a “reforma” da Previdência. A concentração começou por volta das 17h desta quarta-feira (10) e contou com a presença de parlamentares e líderes de movimentos sociais. “É importante estarmos nas ruas. Nossas bancadas estão lutando contra essa reforma encomendada por banqueiros, rentistas, especuladores da dívida pública”, disse o deputado estadual Carlos Giannazi (Psol).

Os manifestantes no ato, convocado pela CUT-SP e pelas frentes Brasil Popular e Povo sem Medo, caminharam do Masp até a frente do prédio da Federação das Indústrias do Estado (Fiesp). “Estamos denunciando exaustivamente essa situação. Temos dois grandes desafios: primeiro é pressionar os deputados da base do governo (…) E o mais importante é ganhar a opinião pública. Temos que continuar nosso trabalho de base nas periferias, nas igrejas, nas feiras”, completou o parlamentar.

O presidente da CUT paulista, Douglas Izzo,  citou o jornalista Paulo Henrique Amorim e o sociólogo Chico de Oliveira, que morreram hoje. “É um dia muito triste para todos”, lamentou.

O líder sindical chamou o processo de votação da “reforma” pela Câmara do Deputados, nesta quarta, de “dia da vergonha e da infâmia”. “O dia em que explicitamente o governo Bolsonaro comprou votos para retirar direitos da classe trabalhadora”. “A tarefa de todos nós, é de denunciar. Temos que fazer uma campanha para que quem vote por essa reforma não volte para o Congresso”, completou.

Izzo lembrou que a votação ainda passará por um segundo turno no Congresso e ainda seguirá para o Senado. “Não perdemos ainda. O governo comprou votos, mas nossa pressão vai ser importante. O povo está na rua. Se aprovar, será uma virada de costas dos deputados ao povo brasileiro.”

O secretário-geral da Intersindical, Edson Carneiro, o Índio, atacou a compra de votos do governo para a aprovação da emenda constitucional. “É muito importante compreendermos o que está acontecendo. Depois de o governo Bolsonaro acertar com Maia um jabaculê milionário, um toma lá da cá de bilhões para os deputados votarem contra o povo, o Congresso atropela a sociedade e busca votar uma reforma desconhecida da imensa maioria do povo.”

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