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Campanha ‘Que Reforma É Essa’ mostra os direitos retirados pela PEC da Previdência

Site demonstra como as novas regras propostas pela "reforma" afetam os trabalhadores e não combatem privilégios

MÍDIA NINJA
MÍDIA NINJA
Campanha lembra que reforma deveria 'atacar privilégios e privilegiados', mas prejudica, quase exclusivamente, trabalhadores e classe média

São Paulo – Para mostrar os impactos negativos da eventual aprovação da “reforma” da Previdência, foi lançada nesta terça-feira (4) a campanha Que Reforma É Essa?. O objetivo é explicar como as novas regras afetam os trabalhadores, não combatem privilégios e beneficiam instituições financeiras privadas.

A campanha traz uma plataforma que oferece uma calculadora para o trabalhador simular as condições de sua aposentadoria com as novas regras, contidas na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 6. Além disso, uma série de perguntas e respostas apontam quais são os direitos perdidos pela população com a proposta do governo Bolsonaro.

Um vídeo também foi publicado pela campanha. Com a apresentação do ex-banqueiro e economista Eduardo Moreira, ele explica que a “reforma” da Previdência, como foi proposta, não será boa para nenhum brasileiro, principalmente, para os mais pobres. “Deveria atacar privilégios e privilegiados, mas essa proposta ataca, quase exclusivamente, trabalhadores e classe média. Mais de 90% da economia que o governo diz que irá gerar virá deles.”

Nas redes sociais, a campanha foi divulgada pela hashtag #QueReformaÉEssa. O coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) Guilherme Boulos lembra dos ataques de Bolsonaro ao Benefício de Prestação Continuada (BPC).  “A reforma da Previdência reduz benefício para idosos pobres (BPC) para R$ 400, reduz pensão por morte e aposentadoria por invalidez para 60% do salário e aumenta o tempo de contribuição para 40 anos se quiser receber o salário integral. Isso é atacar privilégios?”, questionou.

Já o deputado federal Marcelo Freixo (Psol-RJ) destacou que as mudanças propostas pelo governo servem apenas para beneficiar as instituições financeiras. “Sessenta por cento dos países que aderiram à capitalização das aposentadorias voltaram atrás. Nove em cada 10 idosos chilenos recebem menos de um salário mínimo. Sete em cada 10 trabalhadores mexicanos perigam ficar sem aposentadoria. A capitalização só beneficia os bancos.”