Por perseguição

Lula prefere não se iludir com parecer do MPF sobre transferência para semiaberto

Em entrevista aos sites jornalísticos ‘DCM’ e ‘Tutaméia’, ex-presidente disse que, para evitar frustração, não nutre expectativas. Sociólogo vê coerência, uma vez que Lula é um preso político

IL/Reprodução
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Em entrevista nesta quarta (5), ex-presidente fez uma avaliação da cena política e econômica do país

São Paulo – Apesar do parecer favorável do Ministério Público Federal, enviado ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), afirmando que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva já cumpriu tempo de pena suficiente para progredir ao regime semiaberto, em entrevista aos sites jornalísticos Diário do Centro do Mundo e Tutaméia Lula afirmou que, para evitar frustração, não nutre expectativa na transferência. Ele disse que prefere aguardar o trabalho de sua defesa em relação ao seu direito de responder ao processo em liberdade. A possibilidade de transição do regime fechado para o semiaberto ocorreu após julgamento da 5ª turma do STJ que decidiu por unanimidade, em abril, pela redução da pena de Lula de 12 anos e um mês para 8 anos, 10 meses e 20 dias de prisão.

Na análise do doutor em Sociologia e professor da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (Each-USP) Wagner Iglecias, a avaliação do ex-presidente é coerente, já que o julgamento de Lula foi marcado por perseguição por parte dos setores do Judiciário da Operação Lava Jato.

Além disso, em caso de progressão, a juíza Carolina Lebbos, que impediu Lula de ir ao velório do seu irmão e, na morte de seu neto, impôs uma série de restrições para saída, que ficaria responsável pela administração da rotina de Lula no regime semiaberto. “Ela tem um histórico de ser sido muito dura em todos os outros pleitos que a defesa do ex-presidente Lula fez no passado”, observa o professor em entrevista aos jornalistas Glauco Faria e Marilu Cabañas, da Rádio Brasil Atual.

Confira a entrevista

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