SEM TRANSPARÊNCIA

FAB convoca coletiva, mas não diz se sargento com cocaína passou por revista ou raio-X

Porta-voz diz que procedimentos para averiguação de bagagem são de responsabilidade do GSI, mas não esclarece se isso ocorreu em voo com cocaína

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Segundo-sargento da Aeronáutica Manoel Silva Rodrigues foi preso por levar no voo 39 kg de cocaína

São Paulo – O porta-voz da FAB, major Daniel Oliveira, concedeu uma entrevista coletiva à imprensa nesta quinta-feira (27) sobre o caso do avião flagrado com 39 kg de cocaína no aeroporto de Sevilha, na Espanha, onde o segundo-sargento da Aeronáutica Manoel Silva Rodrigues foi preso.

Oliveira informou que foi instaurado inquérito sobre o caso e que a investigação está sob sigilo. Foi perguntado por várias vezes se o militar detido, quando embarcou de Brasília para Sevilha, passou por um aparelho de raio-X, mas não houve resposta.

“Os voos da FAB, em geral, de certa forma, existem procedimentos… Vai depender da infraestrutura de cada aeroporto. São submetidos a revistas, a tipo de inspeção a ser comprovado”, disse Oliveira.

Segundo o porta-voz, o inquérito sobre o caso tem prazo de 40 dias, prorrogáveis por mais 20 dias, para ser concluído. Posteriormente, se houver elementos, o militar poderá ser denunciado, processado e condenado, disse. Uma das penas acessórias é a exclusão dele do quadro das Forças Armadas.

Antes, o major leu uma nota da FAB dizendo que os procedimentos para averiguação de bagagem e raio-X são de responsabilidade do GSI, mas que no caso do voo que foi flagrado com 39 kg de cocaína, isso não foi feito “por se tratar de um voo de traslado e não de transporte do Presidente”. Ele encerrou sem responder aos questionamentos dos jornalistas sobre segurança.

Confira aqui a íntegra da nota da FAB.

*Com informações da Reuters e do Portal 247