Resistência

‘A Justiça começou a enfrentar esse governo’, destaca Haddad em seminário do MST

Em evento na Escola Nacional Florestan Fernandes, ex-ministro da Educação afirma que decisão da Justiça contra os cortes nas universidades é fruto da voz das ruas no último dia 30

José Eduardo Bernardes/BdF
José Eduardo Bernardes/BdF
Haddad conclama união nas ruas contra o desmonte e "em favor do Brasil e do povo"

São Paulo – A decisão da juíza federal Renata Almeida de Moura Isaac, da Bahia, que determinou que o Ministério da Educação (MEC) suspenda os cortes às verbas discricionárias do orçamento das universidades federais e do Instituto Federal do Acre é fruto da ação de um milhão de brasileiros que tomaram as ruas no último dia 30, em várias partes do país. A afirmação foi feita na tarde de hoje (8) pelo ex-ministro da Educação nos governos de Luiz Inácio Lula da Silva, Fernando Haddad, durante encerramento do Seminário Terra e Território: Diversidade e Lutas , realizado pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST) na Escola Nacional Florestan Fernandes, em Guararema (SP).

“Ao determinar a suspensão do corte orçamentário a Justiça começa a enfrentar esse governo, que contingencia recursos da universidade. Isso é fruto de termos ido para as ruas no último dia 30. Mais de 1 milhão de pessoas em todo o país, servidores, estudantes, que foram dizer não ao desmonte da educação”, destacou.

União

Ao lado do coordenador do Movimento dos Trabalhadores sem Teto (MTST), Guilherme Boulos (Psol), do deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP),  de Julio Cesar Oliveira, do Fórum de Gestores dos Agricultores Familiares do Nordeste, Chico Gonçalves, representante do governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB) e de Carmen Foro, vice-presidente da CUT, Haddad defendeu engajamento de todos os movimentos e partidos de esquerda também na Marcha das Margaridas, em agosto, e principalmente na próxima sexta-feira (14), dia da greve geral. “É a partir da nossa exposição pública, das nossas ideias, dos direitos que vão ser defendidos publicamente que vai ter recuo do lado deles. Eles não vão recuar se perceberem que não há resistência do nosso lado, se não fizermos nossa voz ser ouvida.”

A necessidade de fortalecimento das instituições, hoje enfraquecidas, também foi destacada pelo representante do Partido dos Trabalhadores no evento do MST.  “Se não fortalecermos  as instituições pela base, elas estarão rendidas por interesses de uma minoria que não tem a soberania nacional e popular como orientação. E é a base que vai dar essa orientação. Temos de nos unir em torno de nossas agendas, que têm em comum 80, 90% . A gente diverge por 10% quando o país está avançando. Mas em um ambiente de retrocesso como estamos vivendo, vamos olhar para os 90% que nos une, e brigar com quem está desmontando o país. E hora de estarmos na rua unidos, uníssonos, contra esse desmonte, a favor do Brasil e do povo.”

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